E é isso que aconselho. Partam para este livro sem saberem nada sobre ele. Nem vos quero referir que temática aborda para não vos tirar a surpresa! É bem pequeno mas muito intenso, revelador de várias questões que nos deixam a pensar: Depois de um acontecimento terrível o que será mais adequado, esquecer ou recordar? Usar o passado para não repetir os erros ou, pelo contrário, tentar viver a vida e superar as contrariedades? Perdoar, esquecer, recordar?
Leiam este livro, caso ainda não o fizeram! É de leitura absolutamente necessária!
Alerta spoiler! Não continue a ler se não leu o livro!
Uma relação intensa e muito física entre um jovem alemão de 15 anos e uma mulher adulta de 35, revela-se para esse jovem mais permanente que o pretendido. Embora ligado emocionalmente a Hanna Schmitz, Michael Berg nunca assume perante os amigos essa relação. Depois de Hanna desaparecer misteriosamente durante anos, Michael reencontra-a nos bancos do tribunal, sendo uma das rés acusadas de, tendo sido guarda num campo de concentração, ter ajudado a levar à morte prisioneiras judias.
Michael por várias lembranças que tem do passado chega à conclusão que Hanna é analfabeta e algumas decisões tomadas por ela durante a sua vida e no tribunal vão no sentido de ocultar esse facto, preferindo, inclusivé ir presa e condenada mais duramente que as suas colegas mas sem manifestar esse aspecto. Um mistério que só é revelado no final.
Duas gerações em confronto. Uma que participou activamente no Holocausto e outra que o combate, julgando nas barras dos tribunais quem o fez.
Terminado em 12 de Novembro de 2021
Estrelas:6*
Sinopse
Em 1960, Michael Berg é iniciado no amor por Hanna Schmitz. Ele tem 15 anos, ela 36. Ele é apenas um adolescente. Ela é uma mulher madura, bela, sensual e autoritária. Mas este período de felicidade incerta tem um fim abrupto quando Hanna desaparece subitamente.
Só voltarão a encontrar-se anos mais tarde. Michael é estudante de Direito e Hanna está em tribunal, acusada de um crime hediondo. Enquanto a observa, o jovem percebe que, ao recusar defender-se, Hanna pode estar a guardar um segredo que ela considera mais vergonhoso do que o assassínio.
Inicia-se então uma reflexão metódica e dolorosa sobre a legitimidade de uma geração, a braços com a vergonha, julgar a geração anterior, responsável por crimes de guerra.
Aclamado pelo seu erotismo latente e pelos desafios morais que coloca ao leitor, este prodigioso e perturbante romance sobre os destinos da Alemanha está traduzido em 39 línguas e foi galardoado em 1997 com os prémios Grinzane Cavour, Hans Fallada e Laure Bataillon. Em 1999 venceu o Prémio de Literatura do Die Welt. Foi adaptado ao cinema em 2008 e vencedor do Óscar para melhor atriz, atribuído a Kate Winslet.
Cris
Se assim me aconselha, vou procurar adquirir o livro.
ResponderEliminar.
Um dia feliz … abraço
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Vale muito a pena!
EliminarNão li o livro nem vi o filme, mas agora fiquei muito curiosa.
ResponderEliminarFiquei muito curiosa em relação a este livro. Não resisti sem ler por alto partes do spoiler (ups!) e notei que é um tema que eu gosto bastante de ler!
ResponderEliminarBatota, Ana! Também adoro ler sobre esse tema! Beijinho
EliminarConfesso já ter visto o filme e foi marcante por isso acredito que o livro seja ainda melhor!
ResponderEliminarNão Digas Nada a Ninguém