Livro pequeno, conteúdo denso sem ser pesado demais.
Contado na 1ª pessoa, o narrador é um jovem de 18 anos que recorda o seu passado, a sua infância de orfão, criado por uma mãe adoptiva que, aqui nesta obra, não é figura relevante. Está-se em Itália alguns bons anos depois da II Guerra (1960, por aí). As datas não são reveladas abertamente. Pequenas dicas fazem-nos calculá-las. Mas isso também não é relevante para o enredo.
Os seus amigos resumem-se a um livreiro, que lhe empresta livros para ele devorar e devolver no dia seguinte, e o porteiro do prédio, Dom Gaetano. É com este último que ele aprende o significado da amizade, com quem partilha as tardes e em quem confidencia os seus segredos e aspirações. Dom Gaetano é mais do que um amigo. É um porto seguro, o seu porto seguro. Com ele vivência os momentos e recordações de uma guerra ainda tão presente na sua cabeça. Um herói que não se sente como tal.
Um livro para ler pausadamente porque tem frases belíssimas que nos fazem voltar atrás e saborear devagar. Não procurem um final. O fim é o princípio de uma vida noutro lugar.
Terminado a 2 de Março de 2019
Estrelas: 4*
Sinopse
A história de uma criança nascida em Nápoles durante a Segunda Guerra Mundial. Orfã, é adoptada e o livro segue o seu crescimento, a sua visão da guerra, do sofrimento humano mas também do amor e da possibilidade de alcançar a paz e a felicidade.
Cris
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