
Vivem à margem da sociedade. Cada vez mais independentes (caçam, pescam, cultivam oa seus alimentos) e sem quererem muitos contactos com os habitantes locais. Mas isso deve-se, sobretudo, ao misterioso passado do pai relacionado com a māe, de que Daniel e Cathy conhecem somente uma pequena parte.
Pequenos sāo também os apontamentos relativos ao presente e que emergem solitários na abundância narrativa que nos descreve o que sucedeu no passado. Quando percorremos esta leitura nāo sabemos se esse passado é tāo distante assim do presente, ou seja, que tempo os distancia um do outro. No final percebemos que eles se tocam, que passado e presente estāo próximos um do outro.
Houve algumas partes que nāo captei o sentido todo do que lia e o final nāo foi bem do meu agrado (tê-lo-ei percebido inteiramente?) e é por isso que gosto de discutir as leituras com amigos. O que me escapou? Geralmente gosto dos finais em aberto que nos permitem concluir um pouco à nossa maneira a história acabada de ler, mas algo me escapou aqui neste final que preciso esclarecer...
Fora isso, gostei desta leitura, do fantástico ambiente misterioso criado pela autora do qual a capa escura e o título sāo um espelho. Agradou-me também a construção dos personagens, também eles muito sui generis. Uma primeira obra desta autora que me faz estar atenta ao seu nome!
Terminado a 22 de Maio de 2018
Estrelas: 4*+
Sinopse
Daniel está a ir para Norte e procura alguém. A vida simples que levava com a irmã Cathy e o pai desapareceu; tornou-se ameaçadora e sinistra. Viviam os três à margem da sociedade, numa casa que o pai construíra no bosque, caçando e procurando comida. O pai dissera-lhes que a pequena casa em Elmet era deles, mas afinal isso não era verdade. E alguns homens daquela terra, gananciosos e vorazes, começaram a vigiá-los de perto.
Esta é uma história sobre família, amor e violência; uma análise dura e implacável à sociedade contemporânea, ao indivíduo e à realidade, aos conceitos de classe e às discrepâncias entre quem somos e quem somos capazes de ser.
Cris
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