Li o livro anterior do autor e gostei. Deixei-me enredar pela história magnífica e cheia de imaginação onde os animais (neste caso, lobos) possuem um papel preponderante. A minha opinião aqui! Soube que o autor tinha continuado a história. Fiquei curiosa mas tinha o livro na estante esperando vez... como tantos outros, aliás!
O facto de ter lido Trilho de Lobos já há algum tempo, fez com que tivesse alguma dificuldade em entrar na história, pelo menos durante as primeiras páginas. Ajudaria se tivesse um pequeno resumo no início ou até na badana do livro. Fica a sugestão, pois para quem lê bastante, as histórias ficam enterradas na memória, como que num limbo, de onde é preciso tirar quando se trata de querer revivê-las...
Mas esse facto depressa foi superado! E mais uma vez o autor soube cativar-me, apresentando uma história com mistério suficiente para me prender. Novamente o lobo ibérico num papel de destaque, relembrando-nos que os animais possuem uma fidelidade impressionante e que não esquecem quem lhes faz bem.
O enredo é cheio de movimento, sem espaços mortos nem entediantes, o que leva querer virar as páginas para sabermos qual o destino dos personagens. Entre fugas da prisão, raptos, jornalistas a fazerem trabalho de campo junto de mendigos, lobos ibéricos farejando e detectando o perigo, histórias escondidas de passados familiares terríveis, tudo nos cativa e mantém o nosso suspence.
Gostei e recomendo! Um livro que pode ser lido, também, por um público mais jovem.
Terminado em 26 de Outubro de 2014
Estrelas: 4*+
Sinopse
Quando o eremita Miguel Aprígio foge da prisão e se refugia numa montanha adjacente à Serra da Giesteira, verifica que a liberdade não consentida é penosa. Está preso naquela que deveria ser a sua zona de conforto – o coração da natureza.
Um fantasma do passado veio para o ensombrar. A vida lenta e penosa que leva transforma-se numa encarniçada luta. O corpo cansado e a mente frágil contra um inimigo implacável.
Os lobos de Miguel Aprígio sentem a dor do desaparecimento da pequena Isabel e abalam sem destino no seu encalço.
Porém, o desencontro entre Miguel Aprígio e os lobos, leva-os por caminhos diferentes.
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