Edição/reimpressão: 2012
Editor: Editorial Caminho
ISBN: 9789722125949
Quando peguei nesta auto-biografia não sabia muito bem o que esperar desta leitura. Se por um lado, estava curiosa para espreitar a vida duma escritora portuguesa, por outro, achava que para se escrever uma auto-biografia teria de se ter vivido uma vida muito cheia de peripécias para poder agarrar os leitores e nada fazia prever que a vida de Ana Maria Magalhães fosse "uma aventura"...
A autora começa por narrar um acontecimento marcante na sua vida actual que despoletou esta sua necessidade de voltar atrás e dar-nos a conhecer o seu passado, através desta auto-biografia (a ideia era dar-se a conhecer aos sues netos, em primeiro lugar). Prendeu-me de imediato. Porque escreve bem, com gosto e isso transmite-se ao leitor. E conta esse acontecimento com laivos de humor, de coragem mas também traduz por palavras verdadeiras o medo sentido na altura.
Uma vida cheia, esta a de Ana Maria. Uma juventude com tanta gente à sua volta, tantos acontecimentos! Gostei de conhecer a autora e saber que os livros "Uma Aventura" tiveram início lá bem para trás na sua vida e algumas das personagens desses livros para jovens, começaram por ser pessoas reais!
A época vivida está brilhantemente reproduzida. Os costumes de uma sociedade, que começa pela época dos seus bisavós e chega à sua geração, as alterações ténues que se vão verificando com uma juventude que se vê entalada entre os hábitos de seus pais e a vontade de mudar...
Pessoas e lugares conhecidos que gostei de conhecer e/ou relembrar.
Tudo ficou em aberto e fiquei com vontade de conhecer o resto da sua história mas terei de aguardar pacientemente pelo livro seguinte, pois este fica-se pelos 20 anos da autora. Gostei muito, sinceramente mais do que estava à espera!
Terminado em 26 de Janeiro de 2012
Estrelas: 5*
Sinopse
«Pertenço a uma enorme família, cheia de curiosas ramificações. Cresci num ambiente singular. Transporto comigo histórias engraçadas que merecem um registo. Tenho uma dívida de gratidão para com todos os que por vontade expressa ou por acaso converteram a minha infância e juventude no tesouro que ninguém me pode roubar. Quando senti necessidade de deixar um testemunho aos filhos e aos netos, fiz apelo à memória retrospetiva apoiada nas agendas onde anoto o meu dia a dia desde criança e procurei parentes que não via há muito a fim de preencher lacunas e pedir fotografias. Esses encontros, bem agradáveis, proporcionaram-me descobertas que ampliaram o projeto e obrigaram à leitura de papelada coberta de pó no fundo das gavetas. Tirei dúvidas, aprofundei as relações com o passado, escolhi o que me pareceu mais significativo e esclarecedor.»
Ana Maria Magalhães
Uma execelente sugestão para o fim-de-semana!
ResponderEliminarBeijinhos
http://strawberrycandymoreira.blogspot.pt/