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quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

"Mais Cedo Secará a Terra" de Fernando J. Múñez

E que tal um livro fantástico sobre uma saga familiar? São 400 páginas de puro deleite. Claro que tive de anotar, no princípio, quem era quem mas depressa os nomes se ligaram às personagens. O mesmo já me tinha acontecido com "A Cozinheira de Castamar", obra do mesmo autor (opinião aqui!), mas creio que este me prendeu mais. Ou é talvez porque ainda tenho muito viva a sua presença em mim.

A época em que se passa esta trama não é revelada totalmente, mas andará pelo século XIX em Espanha. Senhores da terra, do gado, de minas de carvão com pequenos impérios à sua volta, os paços familiares. As ordens dadas pelo familiar mais velho eram para serem cumpridas, os casamentos combinados para que as famílias prosperassem ainda mais. No entanto, na família dos Castronaveas as coisas não se passam realmente assim, para infelicidade de Don Dositeu, o patriarca da família, que tenta gerir com pulso férreo os homens e mulheres que o rodeiam. As mulheres desta família tendem a ser, com o decorrer da trama, cada vez mais decididas e senhoras do seu destino. Exemplo disso é Iria, que foge completamente do estereótipo da mulher de então, com o apoio incondicional de seu pai. 

Duas famílias desavindas, ódio fortes que provocam mortes, quezílias familiares, segredos descobertos, invejas, amores impossíveis. Um turbilhão de acontecimentos que nos prende verdadeiramente. 400 páginas que poderiam ser mais ainda porque teriam em mim uma leitora sôfrega!

Terminado em 4 de Fevereiro de 2024

Estrelas: 5*+

Sinopse

Galiza, 1845
André de Castronavea está radiante por regressar para junto da sua família e à casa onde nasceu, mas o seu maior desejo é rever a sua tia Iria, pouco mais velha do que ele, meia-irmã do seu pai. O reencontro dos dois liberta sentimentos até então aprisionados, e a relação proibida torna-se cada vez mais difícil de conter.
Enquanto isso, Dom Isidro Ordás, um empresário implacável de Ponferrada, abriu minas nas terras dos Castronaveas, iniciando um conflito com o patriarca Dom Dositeu, que preside a uma família marcada pelo seus próprios conflitos e segredos.
A luta pelo controlo da terra, o legado de Dom Dositeu e o inevitável confronto com os Ordás revelam como os laços familiares podem ser uma bênção ou uma condenação, levando a traições dolorosas, corações dilacerados e sacrifícios que exigem sangue, coragem e um amor inabalável.

Cris

3 comentários:

  1. Não li "A cozinheira de Castamar" mas está na minha booklist. Agora adiciono também este novo livro. Obrigada pela sugestão 🙂

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    Respostas
    1. Gostei mto dos dois. Fica-se umas boas horas embrenhada na história!

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