Fiquei de olho nesta novela gráfica logo que ela saiu e mal a vi na biblioteca trouxe-a para ler. A capa atrai, o título também.
Quem não leu Anne Frank? Li há muito mas deve estar na hora de o reler porque não me lembrava de todo que Anna Frank tinha uma amiga imaginária, a Kitty. Descreveu-a na sua aparência e na sua personalidade.
Os autores pegam na Kitty e transportam-na para a realidade do mundo actual, criando uma história que nos prende, onde os refugiados, sobretudo as crianças apanhadas nos meandros da guerra, têm aqui o seu papel preponderante. Esta ligação entre o passado e o presente, alerta-nos para as condições algo semelhantes. São migrantes em busca de asilo, paz e muitas vezes encontram países que não os aceitam e os rejeitam. "Em 2020 mais de dezassete milhões de crianças viram-se forçadas a abandonar o seu país natal."
Paralelamente, constata-se que o antisemitismo não acabou. Mas não só. O ódio com base na raça/cor da pele, sexo ou religião vive nos nossos dias e não parece ter hoje uma merecida morte.
Mas esta história é uma história de esperança e onde o amor vence. Que assim seja na vida actual.
Terminado a 12 de Janeiro de 2023
Estrelas: 5*
Sinopse
No seu famoso diário, Anne Frank criou uma amiga imaginária, Kitty. Agora, o realizador e autor Ari Folman, juntamente com a artista Lena Guberman, dão-lhe vida.
Quando uma estranha tempestade se abate sobre Amesterdão e quebra o vidro que protege o diário guardado na Casa de Anne Frank, Kitty irrompe daquelas páginas e vai viver uma verdadeira aventura em busca da sua amiga.
Acompanhada pelas memórias dos dias passados no anexo secreto, Kitty percorre as ruas da capital holandesa de hoje e com a ajuda de amigos inesperados irá descobrir o que foi o Holocausto, o que isso significou para Anne e o que, por sua vez, o seu diário continua a representar para as crianças de todo o mundo.
À procura de Anne Frank é uma história apaixonante, lançada simultaneamente em livro e em filme de animação.
Cris