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quarta-feira, 15 de junho de 2016

"Um Homem Chamado Ove" de Fredrick Backman

Uma leitura muito simpática, que se faz com a medida certa de humor e seriedade. Ove não tem por que viver. Ē por isso uma pessoa intratável e intragável se o compararmos com algum alimento duro e difícil de digerir. A sua relação com a vizinhança que o cerca é difícil e nada harmoniosa. Quer que o deixem em paz mas as suas atitudes perante as regras que impõe aos outros é de uma intransigência a toda a prova.

Há uma razão para esse comportamento anti-social. E aos poucos vamos percebendo e até desculpando o seu feitio mal humorado. E é também aos poucos que Ove começa a criar laços que não deseja e já sorrimos quando, uma e outra vez, é impedido de atingir o seu objetivo: Ove não quer mais viver. Esse desejo de morrer "por fora" é uma constante no seu pensamento, já que deixou de viver "por dentro" há muito tempo. Esse suicídio cuidadosamente planeado é consecutivamente abortado pela intromissão dos seus vizinhos abelhudos... Momentos de muito humor contados de uma forma séria e que retratam assuntos actuais. 
 Foi o meu companheiro de
leitura na viagem das
mini férias que
tive nestes dias...

Um livro que nos fala da importãncia dos laços que devemos ter com aqueles que nos rodeiam, com os nossos vizinhos e com os nossos amigos, pois, muitas vezes, são eles que nos amparam nos momentos mais difíceis e complicados que a vida nos traz.

A escrita de Backman é objetiva mas divertida ao mesmo tempo. A descrição do feitio de Ove, com as suas "certezas" inquestionáveis, o seu feitio "torrão", leva o leitor a sorrir e a sentir uma grande empatia por um personagem que à primeira vista nada tem de simpático. Ove conquista-nos. Pelo seu carácter recto e até pela sua intransigência em relação aos outros. E isso é mérito da escrita do autor, estou certa disso.

Gostei e recomendo.


Terminado em12 de Junho de 2016

Estrelas: 4*+

Sinopse

À primeira vista, Ove é o homem mais rabugento do mundo. Sempre foi assim, mas piorou desde a morte da mulher, que ele adorava. Agora que foi despedido, Ove decide suicidar-se. Mal sabe ele as peripécias em que se vai meter. Um jovem casal recém-chegado destrói-lhe a caixa de correio, o seu amigo mais antigo está prestes a ser internado a contragosto num lar, e um gato vadio dá-se a conhecer.
Ove vê-se obrigado a adiar o fim para ajudar a resolver, muito contrariado, uma série de pequenas e grandes crises. Este livro simultaneamente hilariante e encantador fala-nos de amizades inesperadas e do impacto profundo que podemos ter na vida dos outros.

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