Disseram-me que era bom e que ia gostar. Foi verdade. É muito bom e gostei de verdade.
Para além de toda a história ou histórias, melhor dizendo, das quais não vos vou contar nadica de nada, achei a estrutura do livro muito bem delineada, como se o autor tivesse pegado na primeira palavra da primeira página e soubesse exatamente como iria decorrer cada frase, cada capítulo e também o final estupendo com que termina este livro. Uma das questões que quero colocar brevemente ao autor é precisamente se é verdade que isso ocorreu ou se a história e os personagens tomaram caminhos por ele não previstos...
Aqui nada parece surgir ao acaso, as personagens são de uma robustez arrepiante, bem estruturadas magnificamente verosímeis. Um dos periodos que é abarcado pela história faz parte de um dos periodos mais macabros e horrendos da História da humanidade, o Holocausto, e que, nunca se esgotando, advém de uma pesquisa e estudo que se percebe exaustivo.
O enredo não é linear, pacífico. Ou melhor, mesmo achando que podemos deduzir o que se passou ou vai suceder na história, somos surpreendidos frequentemente a cada página que viramos. E não. Não adivinhamos o que está para vir...
Finalista do prémio Leya, este livro poderia ter tido um lugar privilegiado. A meu ver, merecia.
Terminado em 26 de Julho de 2015
Estrelas: 6*
Sinopse
Em 1968, Kimberly Parker, uma jovem professora de Literatura, atravessa os Estados Unidos para ir ensinar no colégio mais elitista da Nova Inglaterra, dirigido por uma mulher carismática e misteriosa chamada Sarah Gross. Foge de um segredo terrível e procura em St. Oswald’s a paz possível com a companhia da exuberante Miranda, o encanto e a sensibilidade de Clement e sobretudo a cumplicidade de Sarah. Mas a verdade persegue Kimberly até ali e, no dia em que toma a decisão que a poderia salvar, uma tragédia abala inesperadamente a instituição centenária, abrindo as portas a um passado avassalador.
Nos corredores da universidade ou no apertado gueto de Cracóvia; à sombra dos choupos de Birkenau ou pelas ruas de Auschwitz quando ainda era uma cidade feliz, Kimberly mergulha numa história brutal de dor e sobrevivência para a qual ninguém a preparou.
Rigoroso, imaginativo e profundamente cinematográfico, com diálogos magistrais e personagens inesquecíveis, Perguntem a Sarah Gross é um romance trepidante que nos dá a conhecer a cidade que se tornou o mais famoso campo de extermínio da História. A obra foi finalista do prémio LeYa em 2014.
Não disse que ias gostar? :)
ResponderEliminarOs amigos fazem destas coisas: aumentam a nossa lista de livros...
EliminarSempre pronta a ajudar! :)
EliminarCris, bom dia! Este livro está na minha lista de livros a comprar desde que saiu... Espero este fim de semana, finalmente, comprá-lo. Quero muito, muito ler esta obra. O tema, Holocausto, sempre capta a minha atenção. Vejo que lê no momento Hanns e Rudolf. Aguardo a sua opinião. Também est´ana minha lista, claro!
ResponderEliminarBoas leituras!!!
Paula Saraiva Fernandes
Olá Paula! Vais gostar, acho! Gosto muito de livros sobre a 2a Guerra mas tenho de os intercalar com outros mais leves... Estou a ler o Hans e Rudolf e já vou a meio. Não sendo romance como o livro de JPCoelho, lê-se como tal. Pesado é claro, mas nem estava à espera de outra coisa, não é? Bjinhos
EliminarOlá Cris! Terminei a noite passada de ler Perguntem a Sarah Gross. Meu Deus, que livro! Pesado, forte, doloroso até, mas necessário! Um livro inesquecível, com personagens inesquecíveis; a Sarah, a Esther e o pequeno Daniel acompanhar-me-ão para sempre! Um livro que vou recomendando a toda a gente que gosta de ler um bom livro, porque livros assim não há muitos... Beijinhos,
EliminarPaula Saraiva Fernandes