Marcelo Rebelo de Sousa
de Vítor Matos
Figura presente na política nacional dos últimos 40 anos, Marcelo Rebelo de Sousa continua a ser uma promessa a cumprir. Foi líder do PSD durante 1091 dias, mas nunca chegou a primeiro-ministro. Hoje, não exerce cargos políticos, não lidera, mas tem mais poder que muitos ministros e deputados da nação. Ele condiciona, influencia e manobra, tem poder efetivo e gosta de o exercer. Tudo porque há 12 anos invade a casa dos portugueses com o seu comentário televisivo — conspiração e manipulação acusam os adversários — de onde salta, com uma leveza surpreendente da política ou da economia para temas como o futebol.
O jornalista Vítor Matos, depois de vários anos de pesquisa, de entrevistas a amigos e inimigos, companheiros e adversários políticos, e de longas horas de conversa com o próprio, traz-nos a biografia do homem mais influente da sociedade portuguesa.
Numa viagem ao longo de 64 anos, conta-nos a história da família, da sua infância, desde que Marcello Caetano conduziu a sua mãe à maternidade. Marcelo viajou pelo país salazarista com o pai Baltazar, subsecretário de Estado, governador- geral de Moçambique e futuro ministro. Esteve na fundação do Expresso com Francisco Pinto Balsemão. Foi um dos primeiros militantes do PPD. Hoje tem o número três no cartão do partido. Mas esta obra original traz-nos também a visão do homem profundamente católico, divertido e excêntrico, que alimenta a pequena intriga e a grande conspiração, sobre o qual se construíram algumas lendas, algumas delas verdadeiras como a de que dorme o mínimo, faz diretas a corrigir exames, dita dois textos em simultâneo ou que escreve com as duas mãos ao mesmo tempo... Em janeiro de 2016 há eleições presidenciais, Marcelo Rebelo de Sousa, um racionalista puro, calculista e com aversão ao risco, espera um sinal da Providência Divina para se decidir a avançar…
Histórias do Tejo
de Luís Ribeiro
O rio Tejo criou Lisboa, rodeado de fábulas e mistérios. Acolheu os primeiros agricultores, viu chegar os marinheiros fenícios, os romanos e foi fundamental para a conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques. As suas águas assistiram a grandes e sangrentas batalhas navais, revoltas e atentados - nomeadamente em 1910, quando da
queda da monarquia, ou na revolução dos Cravos. Devoraram barcos, sem dó nem piedade, e enfureceram-se em tempestades e cheias que fustigaram quem vivia nas suas margens.
Centro da atividade económica da cidade, pelo Tejo saíram caravelas e naus que nos levaram a conhecer novos mundos e chegaram princesas que se tornaram rainhas. D. Maria Pia ou D. Estefânia admiraram-se perante o colorido e a beleza do rio que as acolhia na sua nova casa. Ali morreram reis e rainhas suspiraram de melancolia.
Nas suas margens, as calhandreiras despejavam os dejetos dos lisboetas. O povo amontava-se para ver chegar visitas reais e admirar um Tejo engalanado, cheio de barcos e faluas, tornado numa verdadeira passadeira de sangue azul. Lendas nasceram na sua corrente e poetas, como Camões, Bocage ou o inglês Lord Byron, nela se inspiraram.
Glória e tragédia. Mistério e intrigas. Vitória e derrota. São tudo ingredientes de uma história contada ao longo destas páginas pelo jornalista Luís Ribeiro. Baseado numa apurada e extensa investigação, este livro empolgante e curioso traz-nos as histórias de um rio que faz parte do nosso dia a dia, da nossa História e, sobre o qual sabemos tão pouco.
Sem comentários:
Enviar um comentário