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sábado, 7 de julho de 2012

A mulher-casa de Tânia Ganho


Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 376
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04594-2
Coleção: MARCA D'ÁGUA

Espectacular este romance! Gostei mesmo muito. A escrita desta autora surpreendeu-me. 

Cheia de pormenores, de quem conhece Paris intimamente e nos quer transmitir esse conhecimento tão ínfimo, tão cheio de cores, de cheiros, de sabores, de toques, mas também de barulhos e de sons mais agrestes, de espaços e locais verídicos, movimentados.

As descrições tão intensas levam-nos a vivenciar e partilhar os sentimentos da personagem principal, Mara, sentindo e dividindo com ela as sua dúvidas, incertezas e temendo as suas decisões.


Às vezes queremos que a vida e os sentimentos das pessoas sejam a duas cores, ou preto ou branco. Ou sim ou sopas! E isso não é assim porque se trata da Vida e das suas formas múltiplas de estar nela e a viver.
Existe, de facto, um leque de cores variadas como se retratasse a multiplicidade de sentimentos que podem coabitar numa única pessoa. Isto é bastante visível nesta leitura porque Mara avança e recua nas suas decisões, num processo de crescimento que é habitual num ser humano.

Os seus estados de alma estão muito bem caracterizados, sem pudor mas também repletos de uma honestidade e verdade que dá nas vistas ao leitor que se mantém atento e interessado. Mara sente solidão, amor, indecisão. Nós sentimos também. É um prazer e uma explosão de sentidos que se sente ao ler este livro. Aconselho!


Um dos factores que me levou a dar nota máxima foram as inúmeras vezes que senti uma verdadeira inserção na vida real quer pelos aspectos focados anteriormente como pelas referências a factos verídicos que se mesclam na história com verdadeira mestria.


Li desta autora a "Lucidez do amor". Muito bom! Veja aqui!

Terminado em 2 de Julho de 2012

Estrelas: 6*

Sinopse

Ela é uma modista de chapéus pouco conhecida; ele, um ghostwriter de políticos menores e personalidades duvidosas. Quando trocam a pacata Aix-en-Provence pela imponente Paris, levam consigo toda uma bagagem de sonhos e promessas de glamour. Porém, o crescente sucesso profissional do marido depressa reduz Mara ao papel de mãe e dona de casa, arrastando-a para um abismo de solidão e desencanto.

É então que se envolve com Matthéo, um jovem chef mais novo do que ela, e de súbito se vê enredada numa espiral de sentimentos contraditórios onde a lealdade, a luxúria e o dever encerram as agonizantes perguntas: poderá uma adúltera ser uma boa mãe? Poderá ela esperar que este amor proibido a salve de si mesma e da sua falta de fé?

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