Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 280
Editor: Objectiva
ISBN: 9789896720650
Foi ao ler a sinopse que me decidi ler este livro e, de facto, dei por bem empregue esta leitura de sábado. Adoro quando um livro me transporta para realidades diferentes e verídicas.
É pela mão de um menino afegão de 10 anos (idade aproximada), que viajei para países como o Afeganistão, o Paquistão, o Irão, a Turquia, a Grécia e a Itália. Sentimos o seu sofrimento quando a sua mãe, porque a situação no Afeganistão é perigosa para si, o deixa ficar, depois de uma viagem arriscada, quase sem aviso e sem grandes despedidas, num campo de refugiados no Paquistão. Pensamos na dor que terá passado sua mãe ao abandoná-lo a um destino incerto, porém melhor que o que o esperaria na sua aldeia natal...
As suas tentativas de recomeçar de novo, num sítio onde se sinta bem e seguro, levam-no a nunca desistir e, mesmo com os sucessivos repatriamentos,
Enaiat resiste a deixar-se afundar pelo desespero.
Quando este menino, feito homem à pressa, mostra aos Serviços que concedem a autorização de residência em Itália, um jornal onde uma criança afegã mata um outro ser humano e diz: "esta criança poderia ser eu!" é-lhe concedido, finalmente o visto de permanência nesse país que escolheu para sua casa e que o acolheu. Nessa altura suspiramos de alívio, tal foram as atribulações por que passou...
A capa esconde bem o seu conteúdo. Belíssimo este livro! Recomendo vivamente.
Terminado em 12 de Março de 2011
Estrelas: 5*+, sem sombra de dúvida!
Sinopse
"Há três coisas que nunca deves fazer na vida, querido Enaiat, por motivo nenhum. A primeira é consumir drogas. Não acredites nelas. Promete-me que não o farás. Prometido. A segunda é usar armas. Ainda que alguém faça mal à tua memória, às tuas recordações ou aos teus afectos. Promete-o. Prometido. A terceira é roubar. O que é teu pertence-te; o que não é, não. E jamais intrujarás quem quer que seja, querido Enaiat, está bem? Serás hospitaleiro e tolerante com toda a gente. Promete-me que assim farás. Prometido."
Enaiatollah tinha dez anos e prometeu. Não sabia ainda que essas seriam as últimas palavras que escutaria da mãe antes de esta o deixar num campo de refugiados no Paquistão. Porque nasceu no Afeganistão no seio de uma minoria, e porque teve o azar de perder o pai precocemente, foi arrancado de casa aos dez anos. O seu corpo em crescimento já não cabia na cova onde corria a esconder-se sempre que batiam à porta de casa. É com este trágico acto de amor que começa a nova vida de Enaiatollah Akbari, assim como a incrível viagem que o levará até Itália, passando pelo Irão, pela Turquia e pela Grécia, onde descobre que no mar há crocodilos.
Uma odisseia que o obrigou a enfrentar a miséria e a nobreza humanas, mas que não conseguiu roubar-lhe o sorriso de criança.
Nascer no Afeganistão significa crescer à pressa. Enaiatollah precisou de esquecer a infância para poder sobreviver, mas encontrou finalmente um lugar para viver a idade que realmente tem. Esta é a sua história.
Olá Cris,
ResponderEliminarFiquei curiosa e acho que irei ler este livro (depois de passada a fase da preguiça...)
Obrigada pelas excelentes sugestões.
Abraço.
gostei mto deste Teresa...
ResponderEliminarFiquei logo interessada e curiosa quando vi o lançamento deste livro. A sinopse agarrou-me. depois da tua opinião, ficou na lista. Onde é que ela vai parar? :)
ResponderEliminarCris, há uma lembrança especial para você na Egrégora. Dê uma passadinha lá.
ResponderEliminarBeijo afetuoso