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quinta-feira, 31 de março de 2011

Silêncio!

                                     (Imagem retirada da net)                                

"O silêncio é algo de estranho e a maior parte das pessoas não consegue aguentá-lo."
Torey Hayden, "A luz de um novo dia"

quarta-feira, 30 de março de 2011

Soltas... A luz de um novo dia.


"Havia coisa em que não podíamos pensar muito, senão a tentação de desistir ainda antes de começar era muito grande."

"Como não havíamos notado os indícios daquele horrendo catálogo de maus-tratos? Era a única pergunta que se punha e que me dominava o pensamento."

"Como fora possível estar perto dela e não termos percebido a extensão do caso?"

segunda-feira, 28 de março de 2011

Educar pelo amor


Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 288
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722343084
Coleção: Grandes Narrativas

Admiro muito esta escritora e tenho alguns livros dela. Gosto de os ler porque consigo aperceber-me de outras realidades tão diferentes das que habitam o meu mundo. Aprendemos, reflectimos, sentimos todo o processo de interacção entre os seus alunos e Torey Hayden.

Se educar é repetir, então educar, chegar perto do coração de crianças com necessidades especiais, fruto de, muitas vezes, de negligência e maus tratos, é repetir pacientemente a técnica do amor. Torey Hayden conta-nos como consegue aproximar-se dessas crianças, aos poucos, muito lentamente. As pequenas conquistas são quase imperceptíveis e um pequeno avanço pode, no dia seguinte, não se repetir. Mesmo assim, a sua persistência é, a meu ver, uma mais valia para as crianças suas alunas.

Este livro é um tesouro, a ler para quem gosta deste género de literatura. Chocante e, simultaneamente, um livro que comove e que nos faz rir. Não sorrir, mas rir, tal são as expressões usadas por alguns dos seus alunos... Muito bom! 


Terminado em 28 de Março de 2011

Estrelas: 5*

Sinopse

Torey Hayden tem pela frente um ano escolar que constituirá talvez um dos desafios mais exasperantes e recompensadores da sua carreira. Da turma que lhe foi atribuída fazem parte Billy, um rapaz que transborda agressividade, Shane e Zane, dois gémeos afectados pela síndrome alcoólica fetal, Jesse, um menino que sofre de síndrome de Tourette, e Venus, uma rapariga de sete anos que não fala nem reage a qualquer estímulo, excepto quando sente o seu espaço ameaçado. Torey, com a sua dedicação e sensibilidade, tentará chegar a estas crianças que tanto precisam dela, enfrentado obstáculos e revelações dolorosas, para as resgatar do seu sofrimento e lhes proporcionar a esperança de um novo dia.



sábado, 26 de março de 2011

Viajar com Ken Follett


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 528
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722522588
Coleção: Grandes Romances

As minhas expectativas ao pegar neste livro de Ken Follett eram elevadíssimas porque dei "nota 10" aos "Pilares da Terra" e a "Um mundo sem Fim". Talvez por isso esta leitura ficou aquém do que esperava! 

Mas não me interpretem mal! A sua escrita, como é habitual neste autor, prende-nos logo nas primeiras páginas. São-nos apresentados vários personagens, uns mais apaixonantes que outros, que mais tarde se vão interligar num emocionante enredo onde o suspense tem um lugar de destaque. Tentando fugir, de Inglaterra para  o  continente americano, de uma guerra que se avizinha (1939, pré 2ª Guerra Mundial), estes personagens encontram-se no Clipper, um hidroavião luxuoso que chegou verdadeiramente a existir e a fazer viagens de grande duração.

Baseado em aspectos verídicos no que concerne às descrições deste hidroavião e suas capacidades, onde decorre o desenrolar desta história, viajamos e atravessamos com eles o Atlântico, naquela alturanuma viagem perigosa e ainda incerta. Senti-mo-nos a balançar e a temer com as tempestades que assolam esta travessia; indigna-mo-nos, de igual forma, com as "barbaridades" que são proferidas por um personagem, apoiante nazi; lutamos pelos direitos da Mulher; solidariza-mo-nos com os romances e com o amor que paira no ar, literalmente. Tudo isto como só um grande escritor pode proporcionar!

Recomendo. Por mim vou procurar a restante obra deste autor para a devorar...


Terminado em 26 de Março de 2011

Estrelas: 5*

Sinopse

Em 1939, com a guerra a acabar de ser declarada, um grupo de pessoas privilegiadas embarca no mais luxuoso avião de sempre, o Pan American Clipper, com destino a Nova Iorque: um aristocrata britânico, um cientista alemão, um assassino e a sua escolta, uma jovem em fuga do marido e um ladrão encantador, mas sem escrúpulos. Durante trinta horas, não há escapatória possível desse palácio voador. Sobre o Atlântico, a tensão vai crescendo até finalmente explodir num clímax dramático e perigoso.

sexta-feira, 25 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

Quem postou...


http://7leitores.blogspot.com

Soltas... O coração do Tártaro.

"A infância é o lugar onde se habita para o resto da vida, pensou Zarza: em adultos as crianças batidas batem noutras crianças, os filhos de bêbados alcoolizam-se, os descendentes de suicidas matam-se, os que têm pais loucos enlouquecem."

"Tinha suportado os últimos sete anos a construir uma vida meticulosamente vazia de recordações, e agora o passado começava a revolver-se no seu sepulcro, como um morto-vivo, ameaçando sair e estragar tudo."

"Zarza assombrou-se uma vez mais com o carácter de Urbano, que não sabia definir se como imensamente generoso ou imensamente estúpido pois estamos tão pouco habituados à bondade que costumamos confundi-la com idiotice."

"O mundo estava cheio de histórias tártaras, de realidades atrozes e dolorosas, de horrores tão rotundos e completos que não cabiam na cabeça de ninguém. Porque os infernos que podemos imaginar são sempre menos cruéis do que os  autênticos."

"Porque nós fizemos coisas más. Escolhemos fazê-las. Fomos cobardes, tu e eu; acomodámo-nos dentro do nosso desgosto, julgámo-nos moralmente justificados. Agora peço-te que nos dêmos uma nova oportunidade, que escolhamos melhor. Para quê continuarmos a odiar-nos e a odiar? Tentemos viver."

terça-feira, 22 de março de 2011

O Coração do Tártaro de Rosa Montero


Edição/reimpressão: 2003
Páginas: 212
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722329309
Coleção: Grandes Narrativas

Há livros que me deixam sem palavras de tão pesados que são! O tema de que trata esta história é daqueles que, na vida real, é melhor não nos depararmos com ele... Vou explicar melhor, já que sinto que me estou a enrodilhar toda: lá no fundinho de nós todos, temos medos que custamos aceitar, e este tema, para mim, fala de um assunto do qual tenho pavor - a droga - pois sei o quanto ela pode destruir alguém e o quanto deve ser difícil sair da sua dependência ou mesmo, viver perto de alguém subjugado por esse mal.

Não vou contar esta história. Impressionou-me porque poderia ser real e porque relata acontecimentos de que ouvimos falar nosso dia-a-dia: os abusos de que são alvo tantas crianças, os problemas da dependência, as recaídas, a luta necessária para superar traumas de infância e dependências várias.

A linguagem é crua. Magoa, fere, porque sentimos verdadeira. A escrita prende-nos a atenção pois mantém-nos em suspense desde as primeiras páginas. Gostei. 
(Teresa, para a próxima, recomenda-me uma leitura light...)

Terminado em 21 de Março de 2011

Estrelas: 4*

Sinopse

Sofia Zarzamala, uma jovem editora de livros medievais, desperta com uma chamada inesperada. Do outro lado do telefone uma voz masculina articula «Encontrei-te». Assustada, veste-se rapidamente e foge do seu apartamento com a sensação de estar a ser perseguida por algo ou alguém que inesperadamente regressou do seu passado oculto. Forçada a recordar, Sofia revive os anos que passou nos bairros corruptos da cidade nocturna, junto da miséria e crueldade e relembra a traumática relação com o pai e o irmão gémeo, que tanto quis esquecer. A força esmagadora do passado retorna e invade brutalmente a sua existência até à revelação final que mudará para sempre a sua vida.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Soltas... Uma americana em Pequim.


"Eu consigo passar despercebida na multidão: mas num país que valoriza imenso os estrangeiros - sobretudo os homens brancos - sou com frequência tratada com desdém pelo simples facto de ser jovem, chinesa e mulher."

"Mas eu devia ter percebido que não era toda a verdade. Todas as histórias têm várias camadas e eu mal arranhara a superfície."

"É claro que eu quero conhecer a minha irmã, compreendê-la. Mas imaginá-la triste e assustada é um abismo quase impossível de transpor. Ela é a irmã com sucesso, é forte e esperta, digna de admiração. E tornar-se subitamente vulnerável significaria que os nossos papéis mudaram. Que nós crescemos. E eu não sei bem se estarei preparada para tal."

domingo, 20 de março de 2011

Uma americana em Pequim de Ann Mah


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 352
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892312828

Um romance saboroso e muito divertido! Tendo uma história simples como base, a forma como ela é contada leva-nos directamente para Pequim, para os seus cheiros e sabores, contrastes e cultura. Estamos nas suas ruas movimentadas e poluídas, sentimos o calor insuportável ou o seu frio gélido, provamos e cheiramos pratos deliciosos!

Para além do frenesim de Pequim, passeamos, de igual modo, por uma aldeia rural, Pingyao, (pelos contrastes existentes entre a capital e essa aldeia) e por Xangai.

Iz, a personagem principal, vai-nos contando as suas peripécias com um humor que nos faz sorrir amiúde. É essa razão que nos prende de imediato a esta história: para além de ficarmos a conhecer um pouco mais desse país de costumes e sabores tão diferentes que é a China, fazê-mo-lo de um modo divertido, que nos dispõe bem.

Este é um livro para quem gosta de ler e cozinhar, como eu! Muito bom, mesmo.

Terminado em 20 de Março de 2011

Estrelas: 5*

Sinopse:

Todas as pessoas se alimentam de vivências e lugares inesperados… 
Um romance sobre comida, amor e autodescoberta. Depois de ver a sua carreira ruir e o namorado pedir "um tempo", Isabelle Lee toma a primeira decisão drástica da sua vida e troca o mundo das revistas de moda de Manhattan pelo mundo das revistas generalistas de Pequim. Um mundo consideravelmente mais limitado dado que o seu conhecimento de mandarim é quase nulo. É que, apesar de ter ascendência chinesa, ela só conhece a linguagem falada na cozinha, pela mãe… 
Felizmente, a linguagem da comida é suficiente para a iniciar na crítica gastronómica. Por entre o pato à Pequim ou o huoguo mongol, alguns choques culturais e outras tantas peripécias amorosas, Liz enfrenta os desafios de começar de novo do outro lado do mundo. Anos antes, também a sua irmã, Claire, trocou Manhattan por Pequim. É agora uma advogada de sucesso com um ritmo de vida tão alucinante quanto o da própria cidade. As irmãs nunca tiveram uma relação de cumplicidade. Na verdade, mal se conhecem. A milhares de quilómetros de casa e mais solitária do que nunca, Isabelle começa a interrogar-se se a frenética e vibrante cidade do futuro não será um lugar demasiado estranho para si…

sábado, 19 de março de 2011

Quem postou...

http://amargemblog.blogspot.com

http://o-prazer-das-coisas.blogspot.com

http://planetamarcia.blogs.sapo.pt

http://estemeucantinho.blogspot.com

Vamos jogar?


1- "As cinco pessoas que encontramos no céu" de Mitch Albom

2- Não saberia escolher...são tantos! talvez um que tivesse um número infindável de folhas...

3- "A papisa Joana" de Donna WoolfolK Cross


4- Livros, o meu vício 
   ...Viajar pela leitura...
   As leituras da Fernanda
   Clorofórmio do Espírito
   Bookshelf da Betita
   Leituras ...by Bauny
   Páginas Desfolhadas
   Histórias de Elphaba
   My Imaginarium 
   Prazer da Leitura
   A Bibliófila


5- carrancasliterarias.blogspot.com - Um abraço Luiz!
   


   (não me perguntem porque é que as letras diminuíram... lol!)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Soltas... O segredo da casa de Riverton.


"Passa-me a fotografia, coloca-a sobre os meus dedos nodosos. As nossas mãos tocam-se por um instante e ela afasta-se rapidamente, receosa de contrair algo. Talvez velhice."

"(...) mas o tempo muda à sua maneira a perspectiva que temos sobre a maioria das coisas."

"O amor é assim: insistente, confiante, persuasivo. Silencia facilmente todos os murmúrios de dúvida."

quinta-feira, 17 de março de 2011

Segredos de uma vida


Edição/reimpressão: 2008
Páginas: 480
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04160-9
Idioma: Português

Esta foi uma leitura que me surpreendeu bastante. Quando acabei de ler as últimas páginas, um sorriso aflorou nos meus lábios e pensei: aqui está um livro completo, como eu gosto!

Romance onde a personagem principal, a narradora, nos cativa de imediato pela sua idade, pela sua força, pela sua vida cheia e completa. Vida essa que nos vai relatando aos poucos, segredos que nos deixa antever e partilhar, mistérios que mantém até ao fim da história.
Tudo vai fazendo sentido, pormenores que se vão completando e tornam o desfecho deste romance espectacular. A capa, bem escolhida, faz sentido quando nos apercebemos que a chave foi, de facto, a oferta de uma nova vida.

O ambiente social onde se movem as personagens, antes e pós 1ª Guerra Mundial, está descrito com um rigor histórico que me compraz salientar. Os efeitos da guerra nas mentalidades, os traumas físicos e psicológicos estão retratados com bastante realismo, muito embora as personagens sejam fictícias.
Subjacente a esta história está o amor pelos livros que algumas personagens possuem e que sentimos nosso. Recomendo este livro sobretudo porque ficamos presos desde as primeiras páginas e, no final, o que nos apetece, literalmente, é devorar as que faltam para podermos terminar esta leitura rapidamente.

Terminado em 17 de Março de 2011

Estrelas: 5*

Sinopse

Como sobrevivem os que presenciam a tragédia?

verão de 1924
Na noite de um glamoroso evento social, um jovem poeta perde a vida junto ao lago de uma grande casa de campo inglesa. Depois desse trágico acontecimento, as suas únicas testemunhas, as irmãs Hannah e Emmeline Hartford, jamais se voltariam a falar.

inverno de 1999
Grace Bradley, de noventa e oito anos de idade, antiga empregada da casa de Riverton, recebe a visita de uma jovem realizadora que pretende fazer um filme sobre a morte trágica do poeta.
Memórias antigas e fantasmas adormecidos, há muito remetidos para o esquecimento, começam a ser reavivados. Um segredo chocante ameaça ser revelado, algo que o tempo parece ter apagado mas que Grace tem bem presente.
Passado numa Inglaterra destroçada pela primeira guerra e rendida aos loucos anos 20, O Segredo da Casa de Riverton é um romance misterioso e uma emocionante história de amor.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Mais, mais e mais

 Acabadinhos de chegar da loja (tinha jurado que não comprava mais!):


        

Vindos das BLX:


              

Do Segredo dos Livros:


      

terça-feira, 15 de março de 2011

Soltas... No mar há crocodilos.


"A minha aldeia era lindíssima. Não era tecnológica, não havia energia eléctrica. Para termos luz usávamos os candeeiros a petróleo. Mas havia maçãs. Eu via a fruta a nascer: as flores despontavam diante dos meus olhos e transformavam-se em fruta(...)"

"(...) dizer que afegãos e talibãs são coisas distintas. Desejo que as pessoas o saibam. Sabes de quantas nacionalidades eram ops que mataram o meu professor?"

"Eu não gostava de incomodar. Não gostava de ser mal tratado. Mas toda a gente (eu incluído) tem grande interesse em viver, e para viver estamos dispostos a fazer coisas que não gostamos."

"Importantes são os factos. Importante é a história. Aquilo que nos muda a vida é o que nos acontece. não onde ou com quem."

"(...) estava num ponto de não retorno de tal forma que até a memória deixara de voltar, e havia dias inteiros, e semanas, em que já não me ocorria pensar na minha aldeia na província de Ghazni nem na minha mãe nem no meu irmão nem na minha irmã, como me acontecia ao início, quando a imagem deles era uma tatuagem sobre os olhos, dia e noite."

"De um dado momento deixei de existir; deixei de contar os segundos, de imaginar a chegada. Choravam os pensamentos e os músculos. Choravam o torpor e os ossos."

"Como é que se descobre um sítio onde crescer. Enaiat?
Reconhecemo-lo porque não nos dá vontade de ir embora. Claro, não por ser perfeito. Não existem lugares perfeitos. Mas existem lugares onde, pelo menos, ninguém tenta fazer-te mal."

segunda-feira, 14 de março de 2011

Recomeçar!


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 280
Editor: Objectiva
ISBN: 9789896720650

Foi ao ler a sinopse que me decidi ler este livro e, de facto, dei por bem empregue esta leitura de sábado. Adoro quando um livro me transporta para realidades diferentes e verídicas. 

É pela mão de um menino afegão de 10 anos (idade aproximada), que viajei para países como o Afeganistão, o Paquistão, o Irão, a Turquia, a Grécia e a Itália. Sentimos o seu sofrimento quando a sua mãe, porque a situação no Afeganistão é perigosa para si, o deixa ficar, depois de uma viagem arriscada, quase sem aviso e sem grandes despedidas, num campo de refugiados no Paquistão. Pensamos na dor que terá passado sua mãe ao abandoná-lo a um destino incerto, porém melhor que o que o esperaria na sua aldeia natal...

As suas tentativas de recomeçar de novo, num sítio onde se sinta bem e seguro, levam-no a nunca desistir e, mesmo com os sucessivos repatriamentos, 
Enaiat resiste a deixar-se afundar pelo desespero.

Quando este menino, feito homem à pressa, mostra aos Serviços que concedem a autorização de residência em Itália, um jornal onde uma criança afegã mata um outro ser humano e diz: "esta criança poderia ser eu!" é-lhe concedido, finalmente o visto de permanência nesse país que escolheu para sua casa e que o acolheu. Nessa altura suspiramos de alívio, tal foram as atribulações por que passou...

A capa esconde bem o seu conteúdo. Belíssimo este livro! Recomendo vivamente. 

Terminado em 12 de Março de 2011

Estrelas: 5*+, sem sombra de dúvida!

Sinopse

"Há três coisas que nunca deves fazer na vida, querido Enaiat, por motivo nenhum. A primeira é consumir drogas. Não acredites nelas. Promete-me que não o farás. Prometido. A segunda é usar armas. Ainda que alguém faça mal à tua memória, às tuas recordações ou aos teus afectos. Promete-o. Prometido. A terceira é roubar. O que é teu pertence-te; o que não é, não. E jamais intrujarás quem quer que seja, querido Enaiat, está bem? Serás hospitaleiro e tolerante com toda a gente. Promete-me que assim farás. Prometido." 

Enaiatollah tinha dez anos e prometeu. Não sabia ainda que essas seriam as últimas palavras que escutaria da mãe antes de esta o deixar num campo de refugiados no Paquistão. Porque nasceu no Afeganistão no seio de uma minoria, e porque teve o azar de perder o pai precocemente, foi arrancado de casa aos dez anos. O seu corpo em crescimento já não cabia na cova onde corria a esconder-se sempre que batiam à porta de casa. É com este trágico acto de amor que começa a nova vida de Enaiatollah Akbari, assim como a incrível viagem que o levará até Itália, passando pelo Irão, pela Turquia e pela Grécia, onde descobre que no mar há crocodilos. 
Uma odisseia que o obrigou a enfrentar a miséria e a nobreza humanas, mas que não conseguiu roubar-lhe o sorriso de criança.
Nascer no Afeganistão significa crescer à pressa. Enaiatollah precisou de esquecer a infância para poder sobreviver, mas encontrou finalmente um lugar para viver a idade que realmente tem. Esta é a sua história.

Porque é meu dever...


E porque todos podemos e devemos fazer alguma coisa (e isto não é mesmo nada) aqui vai, um mail recebido da Alphabetum:

 "(...)tomamos a liberdade de enviar, em anexo, Press relativa à apresentação dos livros “À Procura de Um Lugar”(narrador de 10 anos com Trissomia 21 – “às vezes a felicidade veste-se de réu, só para que o sol brilhe mais quando rompe a alva”) e “O Mistério das Coisas Erradas”, (relatos sobre a infância em quotidiano escolar) ambos da Autora Fátima Marinho.


"Informamos que os direitos autorais das obras revertem para a APPT21 (Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21) e para a Fundação do Gil, Instituições que apoiam jovens Diferentes, com deficiência ou com dificuldades. Porque Natal pode ser todos os dias.

A Autora foi convidada por Municípios e Instituições para apresentar os livros e estará presente nos seguintes locais:
- 18 de Março, 21:00hsSexta, Biblioteca Municipal Jorge Sampaio, em OURIQUE
- 19 de Março, 16:00hsSábado, Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na GUARDA
- 21 de Março, 17:00hsSegunda, APPT21 | Diferenças, em LISBOA

Pode ainda consultar o site: www.fatimamarinho.com com textos convertidos em áudio e vídeo em 6 idiomas (com acessibilidade facilitada), onde os livros também podem ser encomendados."

domingo, 13 de março de 2011

Um longo reinado


Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 336
Editor: Europa-América
ISBN: 9789721061538
Coleção: Grandes Biografias

Não me lembro de ter lido, recentemente, uma biografia e, como tal, não tenho pontos de referência. Achei esta, muito bem elaborada, com uma escrita nada maçadora, (como quase se "espera" de uma biografia!), com uma sequência tal que nos arrasta para a época vitoriana com rapidez e com interesse suficiente para resistirmos  às suas 336 páginas repletas de uma letra minúscula!

Este relato bem conseguido, possui excertos quer de cartas, quer de conteúdos de jornais da época, dando veracidade ao que é transmitido. Ficamos a conhecer a sua infância, um pouco triste e solitária; passando pelo seu casamento, uma escolha por amor e pela morte do seu amado; pelo nascimento dos seus nove filhos, netos e bisnetos, seus casamentos e morte de alguns; por escândalos e caprichos da sociedade... Sociedade onde aconteceram alguns excessos que ainda hoje são conhecidos como, por exemplo, o de "Jack, o estripador" e dos "rapazes dos telegramas" e relacionados com a família real e sobre a qual recaíram algumas suspeitas.

Um livro cheio que traduziu uma vida em cheio!

Quero, por outro lado, salientar que prefiro, sem sombra de dúvida, um bom romance histórico. Gostos, que não se explicam e só se sentem...

Terminado em 11 de Março de 2011

Estrelas: 3*+

Sinopse



O reinado da Rainha Vitória, um dos mais longos da história (1837-1901), marcou o apogeu do império britânico e o domínio do Reino Unido, a primeira potência mundial. 


Coroada rainha aos 18 anos, Vitória impõe-se rapidamente, apesar da sua juventude e falta de experiência. Casa-se por amor com um primo alemão (de quem terá nove filhos), não seguindo os conselhos da sua mãe que se opunha a esta união. 

Conhecida pela sua energia e autoritarismo, Vitória respeitava o regime parlamentar não deixando nunca de manifestar as suas opiniões e preferências. No entanto, apesar da sua imponência e austeridade não ficou imune aos rumores de relações amorosas, um dos temas preferidos da alta sociedade, uma classe social que estava em declínio e que ela tanto menosprezava. 

Idolatrada pelo seu povo é uma figura ímpar e incontornável que contribuiu enormemente para o corolário da monarquia.