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terça-feira, 22 de abril de 2025

"Vamos Fazer Melhor" de Gidon Lev com Julie Gray

Acho importante ler o testemunho de alguém que viveu a II Guerra, que foi afectado profundamente por ela. Gidon Lev Tinha seis anos quando foi preso, juntamente com a sua família, tendo sido levado para Theresienstadt, campo de concentração na cidade de Terezin, na República Checa. 

Theresienstadt foi uma fortaleza construída entre 1780 e 1790 por ordem do imperador austríaco José II. O forte foi usado para manter prisioneiros militares e políticos. Em 1941 a cidade foi transformada num gueto murado,, mostrado como modelo de recolocação de judeus e que mais não era que um campo de concentração temporário onde os prisioneiros eram reencaminhados posteriormente para Auschwitz. (Fonte dos dados históricos: Wikipédia). Mais tarde ou mais cedo, os prisioneiros  que não morriam de fome, doenças ou assassinados em Theresienstadt, acabavam nas câmaras de gás deste campo de extermínio.

Um factor comum à maior parte dos sobreviventes dos campos de concentração, era a necessidade premente de sobreviverem fora deles, uma urgência de viver e esquecer o mais rapidamente possível o que tinham acabado de presenciar e vivenciar. Poucos falavam do que lhes tinha acontecido. É preciso lembrar que a recepção por parte de quem nunca esteve num campo também não era muito calorosa, nem tampouco imaginavam os horrores que se cometeram lá. A vida fora dos campos não trouxe a ajuda de que necessitavam. O silêncio foi a opção mais escolhida.

Gidon Lev sobreviveu. Tinha dez anos quando foi libertado juntamente com a sua mãe. Este livro fala-nos dos tempos passados nesse campo, e também, da sua vida pós libertação até aos dias de hoje. Ainda vivo, Gidon passou por muitos reveses (por exemplo um cancro e recidivas). A sua resiliência é um exemplo a ter em conta.

Vale muito a pena conhecer a sua vida.

Terminado em 19 de Março de 2025

Estrelas: 5*

Sinopse
Aos seis anos, Gidon Lev foi colocado no Transporte M com o número 885 e preso no campo de concentração nazi de Theresienstadt, até completar dez anos.

É uma das duas mil crianças que se calcula terem sobrevivido ao campo.

O seu pai foi enviado para Auschwitz, onde foi tatuado como prisioneiro B12156.

Perdeu vinte e seis familiares no Holocausto.

Apesar de tudo o que Gidon enfrentou, e agora com noventa anos, continua a acreditar que muitas pessoas boas fazem coisas boas para tornar a nossa sociedade num lugar melhor.

E é isto, entre outras coisas, que lhe dá uma enorme quantidade de esperança.

É a esta Esperança que se agarra.

Gidon acredita que temos de fazer do mundo um lugar melhor, cada um à sua maneira.

Independentemente do que enfrentamos, é tão fácil - e grandioso - quanto isso.

Partilhando a sua história de vida, espera inspirar e ajudar as pessoas a perceber o que é ser esperançoso e que tudo é possível, mesmo nos momentos mais negros.

Encarar a vida de forma positiva pode salvar-nos a nós próprios, e ao mundo.

Cris


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