Acabo de ler “Rebeldia” de Cristina Carvalho e penso: quantas Leninhas existem? Quantas vezes não nos sentimos como a Leninha? Até que ponto não nos revemos também na Leninha, por muito que isso nos custe aceitar?
Tirei poucas notas à medida que fui lendo, mas sublinhei e vivi muito este livro. Só conhecia a escrita de Cristina Carvalho de alguns romances biográficos, diferentes deste romance da vida de uma mulher que desde jovem ambiciona outros horizontes que a afastem da vida rotineira da infância e da Pensão Popular dos seus pais. “Sou uma mulher de repentes e de vontades e de cheiros e de apetites, uns dias mais do que outros, é certo, mas sem nunca abandonar estes repentes que, por vezes, fazem com que eu chegue a cambalear de emoções” (pág. 78).
Almerinda Bento
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