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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

"Violeta" de Isabel Allende

Gosto muito dos mundos que Isabel Allende constrói. Embrenhamo-nos neles muito facilmente e, mesmo sendo uma mescla de ficção com não ficção, conseguimos visualizar os acontecimentos da trama como se fossem reais, verídicos. 

Como pano de fundo desta história, a História de um século. Desde a gripe espanhola, terminando na pandemia que hoje vivemos. Num país da América Latina, que não esclarece qual, acompanhamos o nascimento de Violeta até à sua morte, cem anos depois. 

É em jeito de memórias que Violeta descreve a sua longa vida e fá-lo directamente a Camilo, alguém que tem o seu amor mais profundo mas que o leitor não sabe quem é. A seu tempo saberá que ligação os une. A primeira página é-lhe dirigida. Uma pequena nota sobre o que vamos (nós, leitores e Camilo) encontrar nas páginas seguintes: um testemunho do que foi a sua vida. Para os leitores mais distraídos fica a nota: tomem atenção à data junto à assinatura de Violeta, Setembro de 2020. Tendo nascido em 1920, facto que narra logo na primeira frase, Violeta tem quase 100 anos e  conta a sua vida. Nada esconde. Os seus erros, as suas conquistas, os seus amores e desamores.

Pelo meio, assuntos como as consequências dos regimes ditatoriais, a emancipação cada vez maior da mulher, os maus tratos físicos e abusos de que muitas estão sujeitas, dão força e conferem veracidade à história. Mesmo sabendo que Violeta não existiu ela representa mil e uma mulheres que tiveram de lutar pelos seus ideais, pela sua família, pelos seus direitos. 

A saga de uma família que teve ao leme do navio uma mulher forte, decidida, muito à frente daquilo que se esperava de uma mulher na época mas que possuía, por outro lado, as suas fragilidades e dependências que a deixaram, muitas vezes, em situações complicadas e em mau estado. Uma mulher real.

Gostei muito!

Terminado em 7 de Fevereiro de 2022

Estrelas: 5*

Sinopse

Violeta del Valle é a primeira rapariga numa família de cinco irmãos truculentos. Nasce num dia de tempestade, em 1920, quando ainda se sentem os efeitos devastadores da Grande Guerra e a gripe espanhola chega ao seu país natal, na América do Sul. Graças à ação determinada do pai, a família sairá incólume desta crise, apenas para ter de enfrentar uma outra: a Grande Depressão. A elegante vida urbana que Violeta conhecia até então muda drasticamente. Os Del Valle são forçados a viver numa região selvagem e remota, onde Violeta atinge a maioridade e viverá o primeiro amor. Décadas depois, numa longa carta dirigida ao seu companheiro espiritual, o mais profundo amor da sua longa existência, Violeta relembra desgostos amorosos e apaixonadas relações, momentos de pobreza e de prosperidade, perdas terríveis e alegrias imensas. A sua vida será moldada por alguns dos momentos mais importantes da História: a luta pelos direitos da mulher, a ascensão e queda de tiranos, os ecos longínquos da Segunda Guerra Mundial. Contado a partir do olhar de uma mulher determinada, de paixões intensas, com uma vida plena de sobressaltos, Violeta é um romance épico, inspirador e emotivo, ao melhor estilo de Isabel Allende.

Cris

6 comentários:

  1. Pela capa e título, imagino ser um livro com uma narrativa muito interessante de ler
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    Feliz fim-de-semana
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
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  2. Um livro que parece interessante!!
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    Sonhos moribundos
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    Beijos, e um excelente fim de semana!

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  3. Estou a aguardar que este livro chegue à minha caixa de correio para o ler.

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  4. Respostas
    1. Há um dela que quero reler. Paula. Sobre a filha que morreu. Duro mas bom!

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