Por onde começar esta opiniāo?
Como o título sugere (e também a capa) a história deste livro é passada nos meandros do Vaticano, aquando da votaçāo para eleger um novo papa. Se é um tema que me interessa? NĀO. Se estava receptiva a esta leitura? NEM POR ISSO. Se achava que ia ser chato? SIM. E se foram estas as minhas respostas porque aceitei ler este livro quando a editora mo propôs? PELO DESAFIO. Já tenho aqui dito, muitas vezes, que gosto de variar no género literário, de ler coisas diferentes. É um pouco como estou perante a vida. Os meus interesses, os meus hobbies possuem setas para várias direcçōes e vou saltitando de uma coisa para outra sempre que arranjo um pedacinho de tempo "entre os meus livros".
E posto isto arranquei para esta leitura. Nada aconteceu nas primeiras 50 páginas que me fizesse mudar de opinião. Constatei, de facto, que o autor escreve bem e domina os meandros desse mundo desconhecido, tanto quanto à terminologia como quanto aos procedimentos e regras daquilo que se passará num conclave (vejam aqui o que pesquisei na Wikipédia).
Mas o bichinho da intriga, contada magistralmente pelo autor, tomou conta de mim e, a meio, já dizia a uma amiga que estava a gostar. Foi fácil imaginar-me no meio daqueles 118 "homens de Deus" e achar difícil a escolha: Quem de entre eles mereceria esse cargo? Quem de entre eles nāo fora sugado pelo pecado da cobiça, da corrupçāo, da intriga, do desejo de poder? Sim, estava a gostar. Sim, o livro merecia, o quê? 4 estrelas?
E nāo, nāo estava à espera da reviravolta final! Os sinais estavam lá. Mas passaram-me despercebidos. Surpreendente a forma como o autor conseguiu imprimir nas últimas páginas uma força tal que toda a leitura fez sentido e como conseguiu transformar um thriller bom num thriller muito bom! 5 estrelas, sem dúvida.
Voltei atrás. Reli e confirmei: só uma mente genial pensaria num final assim.
Para saber mais sobre este livro aceda ao site da Editorial Presença aqui.
Terminado em 27 de Janeiro de 2018
Estrelas: 5*
Sinopse
O Papa morreu.
Por detrás das portas trancadas da Capela Sistina, cento e dezoito cardeais vindos de todo o planeta preparam-se para votar na eleição mais secreta do mundo.
São homens santos. Mas têm ambições. E têm rivais.
Ao fim das próximas setenta e duas horas, um deles tornar-se-á a figura espiritual mais poderosa da Terra.
Cris
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