Sendo da Jodi Picoult, para mim, este livro era uma aposta ganha, mesmo tratando-se de um tema algo insólito nas minhas leituras. Confesso-vos que li as primeiras 200 páginas com a ideia de continuar até ao fim porque se tratava desta escritora. Nāo estava a captar a essência da história e o ritmo de leitura decorreu devagar, devagarinho (como nāo gosto de fazer!). Achei que algo teria de mudar ou a autora nāo se chamasse Jodi Picoult.
A leitura decorreu lenta porque sāo muitos detalhes e a nossa atençāo precisa de ser chamada a intervir frequentemente. Mas nas 300 e tal páginas que se seguem o milagre deu-se, como esperei desde sempre. A trama é sabiamente conduzida, as (muitas) personagens agem independentemente dos nossos desejos e a magia acontece. Mesmo nāo sendo fā de livros onde o sobrenatural está presente, tenho de admitir que esta leitura superou em muito as minhas expectativas. Foi concerteza um porto seguro.
Continuo fā, Jodi! Que venha outro!
Terminado a 15 de Agosto de 2017
Estrelas: 5*
Sinopse
Numa pequena cidade do Vermont, uma parcela de terra é posta à venda levantando uma onda de protestos. Segundo os índios Abenaki, naquele terreno situa-se um ancestral cemitério índio. Para os acalmar, o investidor que ali pretende fazer um centro comercial contrata Ross Wakeman, um investigador do paranormal. Ross tentou o suicídio por diversas vezes, na esperança de se ir juntar a Aimee, a noiva que morrera oito anos antes. Mas após diversas noites a investigar, tudo o que Ross encontra é Lia Beaumont, uma mulher misteriosa que, tal como Ross, pretende desafiar as fronteiras que separam a vida da morte.
Assim tem início uma extraordinária história de amor e de destino, marcada por um crime passional. Jodi Picoult centra-se numa parte obscura e pouco conhecida da história norte-americana, o projeto eugénico dos anos 30, para neste contexto explorar a maneira como as coisas voltam para nos assombrar - tanto literal como figurativamente.
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