Cada leitura é única. Cada livro faz-nos sentir coisas diferentes e formas diferentes de ver as coisas.
Confesso que adoro quando um livro me catapultaecida como a para o seu interior, para a sua história. Isso acontece quando a fluidez da trama é intensa e quando os lugares descritos são capazes de me fazerem sentir próxima deles. Para ser sincera isso não me aconteceu aqui, nesta leitura.
Primeiro, porque a escrita de VHM não pode ser lida como se de um comboio em andamento se tratasse. Somos obrigados a parar, apreciando as frases pequenas mas tão cheias de sentido, de beleza, de poesia. E depois... depois o mais certo é a história ficar para trás. Até algumas palavras precisam de ser saboreadas, visualizadas.
Assim, perdi-me muitas vezes. Senti necessidade de parar. Voltar a trás e saborear as palavras, frases com tanto sentido, letras unidas poeticamente. A história fui captando-a aos poucos, devagar. Será que a apanhei na sua totalidade? Partes sim, claro. Creio porém, que beneficiaria se lesse novamente este livro, para que a história fosse captada na íntegra. Tenho para mim que algo poderá ter-me escapado...
A trama é passada no Japão, junto de Aokigahara, mais conhecida pela "Floresta dos Suicidas", no monte Fuji. Presente a luta entre o Bem e o Mal. A Morte. O Medo. A Fome. O Sofrimento.
Creio que VHM não é para ser lido por todos. Quem for afoito que avance!
Tive a oportunidade de assistir à apresentação do livro e à comemoração dos vinte anos de escrita de VHM, no passado sábado. A proximidade, simplicidade e humor com que o autor se revelou transformou a apresentação num momento muito agradável e simpático. A entrevista em jeito de uma comversa amiga foi veita pela jornalista Teresa Sampaio. As cantoras Ana Bacalhau e Márcia deixaram a sua música embelezar a tarde agradabilíssima. Pedro Lamares brindou-nos com uma leitura de um trecho do livro. Muito bom! Ficam algumas fotos.
Terminado em 5 de Outubro de 2016
Estrelas: 4*+
Sinopse
Num Japão antigo o artesão Itaro e o oleiro Saburo vivem uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente. A inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do destino. Conscientes da exuberância da natureza e da falha da sorte, o homem que faz leques e o homem que faz taças medem a sensatez e, sobretudo, os modos incondicionais de amarem suas distintas mulheres. Valter Hugo Mãe prossegue a sua poética ímpar. Uma humaníssima visão do mundo.
conhecia o nome Valter Hugo Mãe
ResponderEliminarapenas isso
hoje no café ao reler a revista Domingo, li a sua entrevista
adorei
é um sr. cá dos meus :)
e um livro com artesãos e no japão?
e num local de suicídios?
bem, quero ler, tenho de ler e vou ler
:)
agora fui ao dicionário procurar por afoito
ResponderEliminar:)
gostei