Algo na capa e na sinopse segredou-me que iria ser um livro bom! E foi realmente uma leitura agradável se bem que a temática tratada não fosse nem leve nem sequer simpática!
Das perturbações pós-stresse traumático causadas pela guerra já tinha ouvido falar. Mas sinceramente sabia muito pouco sobre ela. E aprendi muito com esta história porque o autor conseguiu fazer-me sentir próxima dos personagens que sofriam dessa doença e dos seus sintomas. Foi realmente o que mais gostei deste livro. Aprender ao ler é absolutamente fantástico e é uma das melhores consequências das horas que passo a ler.
Para além de uma escrita que considero escorreita e feliz, achei que João Paulo Guerra conseguiu, através dos mistérios sucessivos com que apimentou este romance, captar a minha atenção durante todo o decorrer do enredo. A escrita não é fluida porque o assunto é pesado, mas as páginas deslizam bem pelos nossos dedos.
Partindo de premissas reais sobre uma doença que até há bem pouco tempo permania desconhecida e de alguns factos verídicos sobre a sua tardia aceitação cá em Portugal, o autor criou uma série de personagens fictícias sobre as quais giram algumas mortes. Assassínio em massa? Que acontecimentos estão por detrás do desaparecimentos daqueles ex-combatentes?
Leiam. Eu gostei!
Terminado em 2 de Abril de 2016
Estrelas: 4*+
Sinopse
Henrique fez a guerra. Ou foi a guerra que o fez a ele? Adélia levanta a dúvida. Certo é que décadas após terminarem as guerras coloniais, Henrique, como muitos dos outros 800 mil homens que combateram, ainda não assinou o cessar-fogo consigo próprio nem conseguiu apagar as tatuagens d
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