Gosto de, mal acabo de ler um livro, colocar no papel aquilo que ele me fez sentir. A quente! As palavras saem mais fluidamente, quase sem precisar de as mastigar. Às vezes até se atabalhoam umas às outras! Mas nem sempre isso é possível e quanto mais dias passam mais se torna difícil falar dele, sobretudo porque outra leitura já domina o meu pensar...E, no entanto, isso não significa que não tenha gostado do que li.
Os capítulos desta obra são escritos na primeira pessoa mas, no princípio, a ideia com que fiquei foi que existiam dois narradores diferentes, duas histórias paralelas. Depois fui-me apercebendo que se tratava do mesmo narrador, Jake Whyte, mas em espaços temporais diferentes. Gostei bastante dessa forma de narrar que induz o leitor por certos caminhos que, mais tarde, se revelam falsos...
É um livro forte, uma história com momentos pesados, marcantes e que gira à volta de um acontecimento passado na vida de Jake que a marcou fisicamente nas costas. As suas cicatrizes são a prova que algo de muito feio se passou na sua vida e que a levou a tentar levar uma vida isolada. E mais uma vez o nosso pensamento se inclina para algo, para uma explicação que não corresponde à verdade. Este "baralhar" com que esta autora nos brinda a todo o instante deu a esta história um suspense todo especial que muito me agradou.
E mais não digo. Leiam! Vão gostar!
Terminado em maio de 2015
Estrelas: 5*
Sinopse
Jake Whyte é a única habitante de uma velha quinta localizada numa ilha britânica, um lugar fustigado por chuvas infindáveis e ventos cortantes onde vive sozinha com o seu desobediente cão, Dog, e um rebanho de ovelhas. Foi assim que Jake escolheu viver. Mas algo anda a atacar as ovelhas - aparece certas noites, apanha um dos animais e deixa-o completamente desfeito.
Pode ser qualquer coisa. Há raposas nos bosques, um rapaz e um homem estranhos, rumores da existência de um ser obscuro e terrível. E há ainda o passado desconhecido de Jake, imiscuindo-se no presente, uma história deixada a muitos quilómetros e anos de distância, numa paisagem de cores e sons diferentes, uma história inscrita nas cicatrizes que lhe marcam as costas.
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