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quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Novidades Planeta
D. Pedro, o Rei-Imperador
de Javier Moro
Nesta biografia romanceada sobre Pedro I do Brasil, podemos ler que aquele imperador capaz de cavalgar durante sessenta quilómetros sem desmontar do cavalo, de estar um dia inteiro sem comer, de navegar oceanos de inimigos e de fascinar mulheres inesquecíveis, tinha uma enorme sensibilidade que se manifestava no seu amor incondicional pelas crianças.
Apesar de uma esmerada educação e de grande inteligência, a personalidade de D. Pedro I era excessiva e contraditória, as mulheres foram a sua salvação e a sua perdição. Teve vários filhos e muitos ilegítimos: do casamento com a primeira mulher, a virtuosa Leopoldina de Áustria que o levou ao apogeu teve sete filhos, e cinco com a amante, a ardente Domitila de Castro, que o arrastou para a decadência.
Era um liberal entre os absolutistas, um promíscuo entre os monogâmicos, um hiperactivo e um bipolar, que ora era Jekyll para a seguir se transformar em Hyde. Dono de uma personalidade escandalosa, D. Pedro I tinha como único objectivo ‘beber a vida em grandes goles, num copo maior que a própria grandeza.’
Quando o imenso Brasil se tornou pequeno e o poder deixou de lhe interessar, pôs a sua vida em risco por aquilo que acreditava ser justo.
E alcançou a glória.
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