Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 264
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896572228
Às vezes não sei explicar o que me atrai na leitura de certos livros. É este o caso. Talvez um misto de curiosidade por ter sido escrito por um autor de cuja nacionalidade nunca tinha lido nada, a par com uma sinopse um pouco intrigante e misteriosa...
Confesso que o facto do livro ser escrito por um escritor brasileiro me obrigou a estar mais atenta a esta linguagem tão específica do nosso país-irmão, se bem que certos termos mais desconhecidos tivessem, no fim da página, um sinónimo.
Quero, no entanto, sugerir esta obra a quem gosta de um livro possuidor de mistério, mortes e surpresas constantes. Escrito de uma forma muito original, é através dos olhos de duas crianças e de um idoso que vamos penetrando nesta leitura sem nos apercebermos, nunca, do final. Não há resolução do crime, no sentido de que os autores sofram as devidas consequências, mas sim uma constatação que muitas vezes se equipara à vida real: os poderosos acabam por sair ilesos dos actos que praticam...
Escrita forte, sem pejo de ofender, sentimo-nos tocados com os vocábulos que cruamente descrevem actos horrendos, frios e desumanos. Um murro no estômago, uma leitura a reter e a reler.
Terminado em 17 de Dezembro de 2011
Estrelas: 4*
Sinopse
Numa pequena cidade da antiga zona do café fluminense, em abril de 1961, dois meninos de 12 anos encontram o corpo de uma linda mulher, que foi morta e mutilada, às margens de um lago onde vão fazer gazeta. Eles não aceitam a explicação oficial do crime, segundo a qual o culpado seria o marido, o dentista da cidadezinha, motivado por ciúme.
Começam uma investigação, ajudados por um velho que mora no asilo da cidade, um ex-preso político da ditadura Vargas, que acaba se tornando um terrível caminho de amadurecimento para chegar à vida adulta.
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