Edição/reimpressão: 2007
Páginas: 192
Editor: Relógio D` Água
ISBN: 9789727089345
Livro pequeno que se lê num ápice, tanto mais que, mesmo sem querer, nos envolvemos na história e com a história. Imaginamo-nos num mundo pós-apocalíptico, onde a destruição está presente em todo o lado, onde ao virar da esquina encontramos salteadores e assassinos, onde a fome e o frio são uma constante...
Pai e filho caminham nesse mundo, seguem uma estrada na esperança de encontrarem alguém ou algo que os salve. Afastam-se da estrada para se abrigarem e procurarem alguma coisa para comerem, voltam a ela quando querem continuar. A fome, a neve, as cinzas, o medo, a morte. Mas também, o amor que sentem um pelo outro, a esperança de dias melhores, a bondade sob os olhos de uma criança.
O ser humano no seu melhor mas, também no seu pior. Gostei muito. Um género de leitura que não leio habitualmente mas que me despertou a curiosidade quando li algumas críticas positivas nalguns blogs.
Terminado em 3 de Fevereiro de 2011
Estrelas: 4*
Sinopse
Um pai e um filho caminham sozinhos pela América. Nada se move na paisagem devastada, excepto a cinza no vento. O frio é tanto que é capaz de rachar as pedras. O céu está escuro e a neve, quando cai, é cinzenta. O seu destino é a costa, embora não saibam o que os espera, ou se algo os espera. Nada possuem, apenas uma pistola para se defenderem dos bandidos que assaltam a estrada, as roupas que trazem vestidas, comida que vão encontrando - e um ao outro. A Estrada é a história verdadeiramente comovente de uma viagem, que imagina com ousadia um futuro onde não há esperança, mas onde um pai e um filho, "cada qual o mundo inteiro do outro", se vão sustentando através do amor. Impressionante na plenitude da sua visão, esta é uma meditação inabalável sobre o pior e o melhor de que somos capazes: a destruição última, a persistência desesperada e o afecto que mantém duas pessoas vivas enfrentando a devastação total.
O filme, pelas imagens do triller, deve ser pesado. O livro, pelos diálogos entre pai e filho, fez-me imaginar um mundo devastado mas onde o amor e a inocência conseguiram sobreviver...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarOlá Cris,
ResponderEliminarDescobri o seu blog no "Horizonte dos livros".
Acho-o muito interessante.
Já li este livro do Cormac McCarthy. É fabuloso, como aliás toda a sua obra.
Se ainda não leu, não deixe de ler "Meridiano de Sangue". É daqueles livros que não mais se esquecem.
Muitas e boas leituras.
Eliminei uma mensagem sua, Teresa, porque era igual a esta que ficou...
ResponderEliminarFica anotado O meridiano de sangue. Mais um para a minha infindável lista. Pergunto-me quando vou ter tempo suficiente...