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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

"A Camareira" de Nita Prose

Leitura rápida, intensa, que nos faz refletir e olhar em volta. Há pessoas especiais na nossa vida? Atribuímos-lhe o verdadeiro valor? Colocamos alguém de lado por ser diferente do que achamos "normal"?

Molly é camareira de um grande e luxuoso hotel, o Regency Grand Hotel. É aplicada, cuidadosa e perfeita nas suas limpezas. Não deixa nada mal feito, tudo brilha após a sua limpeza aos quartos. Possui uma grande dificuldade em apreender os códigos de conduta da sociedade pelos quais se regem as pessoas ditas "normais". A sua avó, o seu único apoio para todas as explicações que necessita, já faleceu. Está só e as dificuldades acumulam-se.

O leitor dá-se conta disso, pelo próprio discurso feito na primeira pessoa. Molly, sendo diferente, é melhor em muitos aspectos práticos mas é motivo de gozo e abuso pelos seus colegas. Algumas reacções e comportamentos sociais não entende. O leitor apercebe-se cada vez mais que Molly está a ser vítima de "algo" mas só com o desenrolar dos acontecimentos nos vamos apercebendo do que está a passar. 

Com mistério e intriga q.b., o que mais me aliciou foi precisamente essa especificidade da personalidade de Molly com sintomas que fazem lembrar o espectro do autismo, mas com um lado de "toque" que Molly aprecia bastante e que quem possui esse espectro não.

Uma leitura leve que muito apreciei. 

Terminado em 6 de Dezembro de 2022

Estrelas: 5*

Sinopse

Molly, a camareira, está completamente sozinha no mundo. Sim, está habituada a ser invisível, e é isso mesmo que também é no Regency Grand Hotel, onde, todos os dias, dobra roupa, faz as camas dos quartos de lavado, põe miniaturas de champô e pequeninos sabonetes nas casas de banho, limpa o pó e os segredos que os hóspedes deixam para trás quando fazem check-out. Ela é apenas uma camareira - porque haveria alguém de reparar nela?

Mas isso está prestes a mudar radicalmente. Todos os holofotes se viram para Molly quando é ela quem descobre o famigerado Mr. Black morto e bem morto na cama da sua suíte. Este não é o tipo de confusão que Molly pode limpar rapidamente. Porém, à medida que a teia de mentiras, sussurros, pistas e enganos se vai espalhando pelos corredores do Regency Grand Hotel, ela descobre que tem, dentro de si, um dom para a investigação. Sim, é apenas uma camareira - mas o que conseguirá Molly ver que todos os outros ignoram?

Mistério, suspense e muitas reviravoltas no romance que está a apaixonar leitores em mais de vinte países. Como pode uma pessoa ser, ao mesmo tempo, tão normal e extraordinária?

Cris

4 comentários: