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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

"A Mulher Que Correu Atrás do Vento" de João Tordo

Gosto da escrita deste autor. João Tordo escreve com simplicidade e, no entanto, às vezes, numa

palavra ou outra obriga-nos a ir procurar o seu significado. 

O enredo não é facil nem linear. Como neste livro. É no final que tudo se encaixa, que tudo faz sentido mas, isso não quer dizer que consigamos perceber tudo de rajada. Com esta "mulher que correu atrás do vento" fica-se a pensar no que se leu, no significado das acções dos personagens, na história atrás da história, no livro atrás do livro.

Foi uma leitura feita conjuntamente com algumas meninas livrólicas, à qual não consegui cumprir as metas diárias estabelecidas, mas gostei de "ouvi-las" chegar ao fim com exclamações de espanto, surpresa e admiração. Quando foi a minha vez já ia preparada para qualquer coisa de diferente...

E sim, o final une as pontas, as histórias de algumas mulheres separadas no tempo e no espaço. E sim, é preciso ter cabecinha para escrever um livro assim. Mas é preciso gostar de ler um livro assim, também. Eu gostei. E vocês já leram João Tordo?

Terminado em 25 de Agosto de 2020

Estrelas: 5*

Sinopse

Quatro mulheres. Três cidades. Um século. E uma poderosa história de amor e de perda a uni-las.

1892, Baviera. Lisbeth Lorentz, uma professora de piano, apaixona-se por um aluno de 13 anos que sofre de autismo. Ao descobrir que ele é um prodígio, instiga-o a compor um concerto durante as aulas e, um dia, sem explicação, fá-lo desaparecer.

1991, Lisboa. Beatriz, uma estudante universitária —que sonha com o toque das mãos da mãe falecida —envolve-se com o autor d’A História do Silêncio, um romance sobre Lisbeth Lorentz. Ao mesmo tempo, enquanto voluntária num abrigo para mendigos, Beatriz conhece Lia, uma jovem adolescente com um passado incógnito e um presente destruído.

1973, Londres. Graça Boyard, portuguesa, dá à luz a primeira e única filha. Fugida de Lisboa durante as cheias de 1967, para escapar à tirania do pai e à mordaça da ditadura, regressa à capital após a Revolução, tornando-se uma actriz de renome —e abandonando a filha ainda criança.

2015, Lisboa. No consultório de uma terapeuta, Lia Boyard desfia a sua história, dos anos de mendicidade ao momento em que decide procurar a mãe. É aqui que começam a unir-se as pontas de um romance a várias vozes: a história de quatro mulheres - Lisbeth, Graça, Beatriz e Lia - que atravessam um século de História e diferentes geografias, unidas por uma força que transcende a própria vida.

Um livro sobre o poder do amor e o vazio da perda, sobre a amizade que nasce das circunstâncias mais improváveis e o terrível poder da confissão. E, quase no final, uma revelação chocante, a reviravolta que faz deste romance de João Tordo uma narrativa magnética.

Cris

3 comentários:

  1. Sim. Um dos primeiros livros deste ano e o segundo de João Tordo que li. Um puzzle por vezrs difícil de encaixar. Também já escrevi aqui sobre o livro.

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