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segunda-feira, 9 de abril de 2018

"O Terceiro País" de Joan London

Acabar de ler um livro sem saber se a história relatada é verídica ou nāo é um doce embalo para quem é um leitor apaixonado. Pelo menos para mim é.

Pegar nalguns factos verídicos - refugiados judeus húngaros fugidos para a Austrália na altura da II Guerra, surto de poliomielite neste país em 1954 - e imbuí-los nas histórias de vida dos personagens ficcionados, no seu presente e no seu passado, de forma a construir uma narrativa verosímil, é uma tarefa difícil, sobretudo se se quer uma história que agarre o leitor.

Confesso que foram esses factos verídicos descritos na sinopse que me impulsionaram para esta leitura mas os pequenos personagens, Frank e Elsa, apoderaram-se do meu coraçāo. A sua doença e as suas consequências, vagamente conhecida por mim, fez com que a narrativa tomasse contornos reais e um pouco impressionantes.

Gostei de assistir ao seu amor terno, nascido da suas desventuras, às suas tentativas de inclusāo no mundo real e à sua coragem. O salto final na história de Frank e Elsa, que nos permite saber como tudo acabou, agradou-me particularmente.

Adorei ler este livro. Aprendi e fiquei a conhecer um pouco melhor o que deve ter sido esta doença e as suas consequências, sobretudo para as crianças atingidas por este mal, antes da vacina ser uma realidade. Vale mesmo a pena esta leitura! Recomendo.

Terminado em 31 de Março de 2018

Estrelas: 5*

Sinopse
Uma história de resistência e de determinação sobre a irresistível e duradoura natureza do amor e a fragilidade da vida. Frank Gold, um refugiado de guerra vindo da Hungria para a Austrália, é apanhado pelo surto de poliomielite que atingiu aquele país em 1954. Como tantas outras crianças é acolhido na casa de recuperação «Golden Age», onde reaprendem a andar. É aí que encontra Sullivan, que lhe revela a poesia, e mais tarde, Elsa. Resiste ao abandono e ao isolamento daquele lugar através da poesia e do laço de paixão que o liga a Elsa. Nesta casa parada no tempo, as crianças estão sujeitas a regras próprias que fazem de «Golden Age» um outro país, um terceiro país, onde todos descobrem que estão sós, numa luta de recuperação muito própria.

Cris

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