Gosta deste blog? Então siga-me...

Também estamos no Facebook e Twitter

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

"Sou o Último Judeu" de Chil Rajchman

Treblinka 1942-1943

Por haver tanto para dizer sobre este livro, faltam-me as palavras. Aconselho vivamente a sua leitura mesmo para aqueles que não apreciam relatos verídicos sobre acontecimentos que ficaram conhecidos pela sua violência e pelo horror. Porque mesmo lendo se torna difícil imaginar, tão pouco vivenciar o que se passou nos campos de concentração, neste caso deTreblinka.

Chil, um jovem judeu, sobreviveu a 10 meses em Treblinka até conseguir fugir. Passou por vários trabalhos, desde cabeleireiro a dentista, sempre a toque de vergastadas e maustratos, sujeito a levar um tiro na cabeça a todo o momento. A diferença era que cortava os cabelos das mulheres que, nuas, iam para as câmaras de gás e tirava os dentes a quem já tinha por lá passado. Dentes de ouro.

As folhas onde relata o que viveu, escreveu-as depois da sua fuga. Para recordar e nunca esquecer os pormenores. Foram publicadas depois da sua morte para que outros não esquecessem. Durante muito tempo ficaram guardadas. Acabam quando queremos saber mais sobre ele. Como conseguiu viver depois? Gostava de ter sabido sobre como foi a sua vida depois do campo, talvez para ter a certeza que, mesmo depois de tantos horrores vividos, se pode esperar uma vida com paz.

Um livro inquietante. Cru. As palavras, as descrições, os sentimentos estão lá. A nossa mente visualiza o que é narrado. Difícil é fechar as páginas para tanto horror. Recomendo!

Terminado em 17 de Agosto de 2014

Estrelas: 6*

Sinopse

Chil Rajchman tinha 28 anos quando foi deportado para Treblinka, em Outubro de 1942. Separado dos seus companheiros à saída do comboio, escapou às câmaras de gás tornando-se sucessivamente funcionário na triagem de vestuário, cabeleireiro, transportador de cadáveres ou «dentista». Em 2 de Agosto de 1943, participou no levantamento do campo e evadiu-se.
Após várias semanas de errância, Chil Rajchman escondeu-se em casa de um amigo perto de Varsóvia. A guerra ainda não acabou. Num caderno, contou os seus dez meses no inferno.
Na Libertação, ele foi um dos 57 sobreviventes entre os 750.000 judeus enviados para Treblinka para aí serem gaseados. Nenhum outro campo foi tão longe na racionalização do extermínio em massa.
Este texto, publicado pela primeira vez, é único. Escrito sob o signo da urgência, ainda antes da vitória sobre os nazis, inscreve-se entre os maiores dedicados ao holocausto.

2 comentários:

  1. Mais um que não posso deixar de ler....
    Bo fim-de-semana minha amiga!
    Beijinhos
    Teresa Carvalho

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Por vezes, para se conseguir ler certas passagens, é melhor não as visualizarmos porque senão... Bj amiga!

      Eliminar