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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Soltas... Às vezes o mar não chega



"Depois, na mesma voz lenta, Ambrósia citou-lhe paixões, energias, percalços da vida e doenças da alma humana, pecados antigos que se herdavam sem querer e sem se saber, como ecos de culpas esquecidas. Também recomendou que não esquecesse o que acabara de ver pois a fantasia e, às vezes, mesmo a loucura não passavam de uma forma de sobrevivência. Que nem toda a gente sabia acompanhar. Ou tratar. Era isso que Amália tinha visto e era disso que Ambrósia queria que ela se lembrasse.
 - Só os afectos podem salvar o mundo e livrá-lo do sofrimento. Não te esqueças Amália. Porque tudo, na vida, vale a pena."

"Depois olhou os plátanos e sorriu, a pensar que gostaria de ser um pássaro, só para ver o mundo dos homens de muito longe."

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