"Hoje sabe-se quase tudo, mas ignora-se o importante.
Acumulamos saber ao mesmo tempo que nos afastamos da sabedoria. A sociedade actual está perante um problema gigantesco: como gerir o volume monstruoso de informação? Como distinguir o importante do secundário?
A sabedoria é a compreensão profunda da existência humana. Resulta, na maior parte das vezes, da experiência dos anos, de uma postura corajosa na vida e da capacidade para reflectir até mesmo, ou principalmente, o óbvio. Não tem fórmulas e não se deixa anunciar a vontades de satisfação instantânea.
O saber, se bem integrado, contribui para o desenvolvimento do mundo, mas se o deixarmos caminhar sozinho transforma--se num tirano autocrático que tenta envenenar as raízes da sabedoria, porque não a suporta num lugar que julga seu.
Hoje, mais do que nunca, sob pena de nos afogarmos no mar da informação, vale a pena pensar e distanciarmo-nos do momento, do público, do concreto, e tentar descobrir o sentido que subjaz a tudo o que nos rodeia. Porque o nosso mundo tem uma linha, uma direcção, um sentido.
Ao destaparmos a verdade, ilumina-se-nos o caminho.
Ao destaparmos a verdade, ilumina-se-nos o caminho.
Depois há a fé, que, nada acrescentando ao saber, orienta e anima a sabedoria. Não é informação, apenas uma quantidade ínfima da Verdade num salto que nos revela que, aqui e agora, é possível viver numa serenidade intemporal. Num mundo que já consegue comunicar quase tudo recorrendo apenas a zeros e uns, o importante é também muito simples, cabendo bem no mais pequenos dos grãos de areia: Deus, que é Amor, também vive aqui. Connosco."
José Luís Martins, daqui
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