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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Soltas...

"Coxeei devagar pelo corredor, procurando evitar que a bengala fizesse demasiado barulho, e procurei um interruptor que acendesse uma luz, mas não encontrei nenhum. A perede pareceu-me morder os dedos"

"Bosco, ajoelhado, arfava. Com uma mão sobre a outra, pressionava levemente o peito de Don: a água turva saia-lhe da boca num fio contínuo, mas Don continuava morto."

"Havia muito tempo que não me sentava para escrever e dei-me conta de que tinha saudades. Tinha saudades da folha em branco, da eterna hesitação antes de começar; tinha saudades de ver as palavras formarem-se perante os meus olhos e serem conduzidas pelos meus dedos."

"Os cinco envelopes sobre a mesa olharam-me na cruel indiferença das coisas mortas. Retribuí o olhar e pressenti a melancolia de um final: fosse qual fosse, o futuro estava hipotecado."

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