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domingo, 16 de fevereiro de 2020

Ao domingo com... Sandra Patrício

Talvez a recordação que tenho mais antiga, seja a de pegar nos livros de histórias infantis e olhando
para os desenhos, inventar uma história que contava aos meus bonecos, como se a estivesse a ler na perfeição. A verdade é que, quando entrei para a primária as letras eram para mim um grande mistério. O meu mundo pertencia ao sonho, à imaginação, à criatividade, aos desenhos e lápis de cor. Naturalmente, segui o meu percurso escolar pelas artes. Mas sempre com um caderninho onde escrevia pensamentos, coisas que via ou ouvia, histórias que inventava, frases de escritores e pensadores com as quais me identificava. E sempre com livros, muitos livros. Que lia em simultâneo. Sentia que não tinha tempo para ler tudo (e ainda sinto). Com a entrada no mundo profissional, a escrita ficou suspensa e a leitura tornou-se mais selectiva. E fui arquitetando. E lendo o que podia, em especial sobre a matéria.

Os anos passaram e um dia, depois de um passeio pela praia onde um grupo de jovens declamava Camões, senti vontade de reler os clássicos portugueses. E li. Alguns. E este bichinho que nasceu comigo de querer saber as histórias da história, de querer fazer ligações disto com aquilo, unindo fábulas e mitos a versões reais e oficiais, voltou a fazer-me sonhar. E comecei a escrever. Aquele que veio a ser o meu primeiro livro: Pedra Alta.

E que posso eu dizer sobre o meu livro? Que antes de escrever, desenhei. E que foram os desenhos que me permitiram escrever sobre alguns dos temas que abordo no livro. Como se os dois mundos fossem um. O desenho faz parte da minha vida. E as letras acompanham-me desde sempre. Quase que seria possível um livro apenas desenhado, sem uma única letra… mas não era a mesma coisa.

Talvez seja mais sensato referir o que já foi dito por quem já leu:   
“Uma obra fascinante de uma imaginação contagiante que não vai conseguir parar de ler.”;
“É um livro de uma intensidade e complexidade que nos cativa desde as primeiras páginas.”;
“É uma viagem ao maravilhoso.”;
“Um livro sensacional, com três vozes, três pontos de vista, com reviravoltas inteligentes e um confronto final pleno de tensão.”;
“Uma obra de um incondicional amor pela condição humana.”;
“É uma viagem sobretudo do acreditar.”;
“É um livro muito bem escrito, fantasticamente bem escrito.”;
“É um livro que se lê avidamente. Depois de começar, dificilmente o paramos.”

Para mim, o Pedra Alta é o início de uma grande aventura. Duplamente. Primeiro porque é a entrada num mundo novo e desconhecido, mas visível para todos. Onde amigos, conhecidos e desconhecidos terão opinião, levando o que era meu para outro lugar que será nosso e vosso. Segundo, porque esta face visível de mim me dá mais responsabilidade para o que vem a seguir. E que já está a caminho. Com muitos desenhos, claro está.

Que o Pedra Alta vos faça sentir a dinâmica, o sonho, a viagem, as teorias que são perfeitamente possíveis e que, como uma amiga me disse, sintam a vontade de sair de casa com uma mochila às costas e visitar todos os locais que o livro descreve. Afinal, há que perceber se o que está a ser dito é verdade! E claro, sempre com a frase sábia camoniana na cabeça, para que se “leia mais do que vê escrito”. Mas também com uma das frases do Professor Jaime Torcato (um dos personagens do Pedra Alta) lembrando que “não devemos acreditar em tudo o que lemos!”

Boas leituras!
Sandra M. B. Patrício

1 comentário:

  1. Não conhecia o livro, mas fui ler a sinopse e fiquei curiosa com o mesmo. Faço votos de muitos sucessos para a autora.

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