Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 216
Editor: Clube do Autor
ISBN: 9789898452757
Gostei muito desta leitura, como podem ver pelas estrelas que atribuí. A bem da verdade surpreendeu-me deveras. Já tinha lido alguns livros da Margarida e este é num registo diferente que prefiro, sem dúvida. É a minha onda.
Um romance histórico, que, contado na primeira pessoa, nos inclui nele, tornando os factos mais pessoais, tanto os históricos como os ficcionados. O grafismo alterna, aumentando e diminuindo, quando alterna também a "voz" que nos fala. Inês é a personagem central, que nos vai contando os seus medos e angústias e também a sua vida e suas alegrias. Os seus pensamentos são uma constante em toda a obra. Intercalado com eles, surgem-nos as "vozes" de seus amigos e inimigos.
Demonstrando uma fértil imaginação, Margarida tornou os sete últimos dias de Inês de Castro muito presentes no nosso imaginário. O vocabulário escolhido traduz uma pesquisa que imagino prolongada sem, no entanto, se tornar estranho para quem lê, conseguindo de uma forma simples que termos desconhecidos se encaixassem no seu contexto e se tornassem de fácil entendimento.
Uma leitura que me deu muito prazer! Nada entediante, bem pelo contrário: a narrativa, mesmo para quem domine os acontecimentos da época, é estimulante e mantém a nossa imaginação em constante funcionamento. Recomendo a sua leitura, um livro perfeito para uma prenda de Natal (e não só!).
Terminado em 3 de Novembro de 2011
Estrelas: 5*
Sinopse
Os últimos dias da maior heroína romântica de Portugal. Uma história apaixonante, envolvente e perturbadora. Nunca haverá outro amor assim.
Minha Querida Inês é fruto de investigação histórica misturada com a paixão de Margarida Rebelo Pinto por mulheres fortes, cuja presença sempre foi uma constante nas suas obras. A Inês aqui retratada é uma mulher corajosa e apaixonada que fala sem pudor da sua vida íntima e da sua visão do amor, da família, de deus e do mundo.
Inês morre por amor. Se foi " a ruça que queria roubar o reino", ou apenas vítima de uma intriga política, nunca saberemos. A Inês que aqui fica é uma mulher inteira, de carne e osso, com cabeça, coração e estômago, que sente e que pensa à frente da sua época e, por isso mesmo, sábia e intemporal.
Já me convenceu a comprá-lo :)
ResponderEliminarQuando os livros são escritos na 1ª pessoa fazem.nos sentir mais próximos da história. Com este foi assim...
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