Elizabeth Adler habituou-nos a uma escrita fluida, com a qual descreve paisagens de uma forma cinematográfica, acrescentando sempre algum mistério, chegando mesmo, por vezes, a raiar o thriller, não esquecendo o romance que se enleia no enredo.
"Uma Casa no Campo" marca, em relação aos mais recentes livros da autora, um acentuar do romance e um aligeirar da vertente mistério.
Como em quase todos os livros de Adler que li, existe um crime, melhor, um homicídio (existe quase sempre pelo menos um...), mas desta vez não existe factor surpresa. O assassino é o óbvio. Será que já estou "viciada" nas suas técnicas de escrita ou a autora foi, desta vez, menos exigente no thriller para dar mais espaço ao romance?
De qualquer modo, Elizabeth Adler traz-nos sempre horas bem passadas e cheias de evasão. Uma autora que vou continuar a seguir.
Excertos
"Era mais do que mera humilhação, se é que a «humilhação» alguma vez podia ser qualificada de «mera», como se fosse uma coisa temporária, um momento definido em que se era exposto como uma inutilidade (...)." (p. 258)
Fernanda Palmeira
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