(Imagem retirada daqui)
"Violência gera violência. O passado está cheio de atrocidades cuja desculpa foram sempre as crueldades que as precederam. Esta dinâmica nunca criou nada, é uma energia destruidora. O mundo nunca evolui por aqui.
Na história das sociedades, cedo se percebe que a gestão e o direito ao uso da força devem ser instrumentos de uma justiça criada, respeitada e aplicada por todos a todos. A força não promove o encontro, a paz, o bem--estar, não é sequer uma espécie de convivência. É uma forma muito pobre de viver, tal é a insaciável fome de destruição que a estimula.
Os incompetentes dizem quase sempre "não" a tudo; nunca assumem qualquer posição afirmativa, limitam-se a menosprezar as ideias dos outros. Recorrem à força bruta porque desconhecem a genialidade de que a razão é capaz. O recurso à força é, praticamente e por si só, uma confissão de impotência. Só uma vontade totalmente cobarde leva ao desejo de aniquilar as afirmações que não se aceitam!
Somos o que criámos e as pontes que fomos capazes de fazer entre as ilhas em que vivemos... Quem destrói não faz nada, faz o nada - e portanto nada é. O Amor cria, o Amor é, o Amor faz Ser.
Mais que o castigo, é a reconciliação que produz efeito. O tempo faz a sua justiça. O mal que se pratica acaba quase sempre por receber o perdão do esquecimento. Afinal a vida constrói--se para diante. Conviver não foi nem nunca será fácil. Mas a força também nunca deu resultado..."
José Luís Nunes Martins
Texto retirado daqui com o conhecimento e consentimento do autor.
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