Gosta deste blog? Então siga-me...

Também estamos no Facebook e Twitter

sábado, 22 de janeiro de 2011

Soltas...


"Edifiquei um muro entre nós as duas. Não era um muro muito alto, porém sempre que a pobre rapariga se queria aproximar de mim, tinha de o escalar. Hoje lamento ter levantado esse muro. (...)Por isso digo aos meus netos que nunca ergam muros, porque a partir do momento em que se começa a construir um, torna-se intransponível."

"Lembro-me de ter pensado que a Mamã era como um oceano, tão profunda e cheia de coisas desconhecidas que temia nunca poder ver-lhe o fundo. Desejei ser uma corrente que viesse a transformar-se num rio para um dia desaguar nela."

"Nunca houve um problema capaz de vencer a Mamã. Ela toma conta deles rapidamente, sem medo, como se se tratasse de dobrar simples lenços. Às vezes, há lágrimas vertidas, mas também estas têm de ser limpas."

"Noutros tempos, talvez tivessem acorrido todas para as ajudar como quando os soldados japoneses levaram o marido de Minah e o fuzilaram. Mas agora o bairro estava cheio de gente nova. Uma geração que sorria e acenava de longe. Gente que acreditava num estranho conceito ocidental chamado "privacidade"."

1 comentário: