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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Crescer interiormente


Edição/reimpressão: 2004
Páginas: 286
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789724137131
Colecção: Pequenos Prazeres

O livro que me veio parar às mãos é bem velhinho e a sua capa não é tão bonita como esta última edição, mas gosto, às vezes, de pegar em livros e sentir que eles já tiveram uma "vida" longe de mim, já foram manuseados, lidos e relidos, já pertenceram ao imaginário de muitas pessoas.

Gostei, achei simpática esta leitura, não pensei, em algum momento, desistir e no final até me comovi. Sentimos a personagem principal crescer interiormente, aprender com os erros cometidos. Estamos nos anos 20, em Inglaterra e posteriormente na China e, o autor, faz um retrato bastante fiel da época: casamento sem amor, entre duas classes sociais diferentes, infidelidade, vingança, doença, morte, viver de novo, valores que se perdem e que se ganham.

Mas faltou-me qualquer coisinha... Li com agrado mas não fiquei arrebatada nem pelas personagens nem pelos locais descritos. Gostei mais do trailer do filme e fiquei com vontade de o ver. Será que é mais bonito que o livro? Nas imagens pareceu-me de uma beleza muito grande... Prefiro sempre o livro ao filme, mas será que aqui será diferente? Fiquei curiosa, já tenho o filme comigo e vou verificar...

Terminado em 2 de Janeiro de 2011

Estrelas: 3*





Sinopse

Kitty sente-se prisioneira de um casamento infeliz e de um estilo de vida que está longe de ser aquele com que sempre sonhou. Sem que tivesse obtido a notoriedade social que desejava e afastada do seu país e da família devido à profissão do marido – bacteriologista destacado para Hong Kong –, a jovem acaba por encontrar algum consolo numa relação extraconjugal. Mas a traição acaba por ser descoberta pelo marido, que leva a cabo uma estranha e terrível vingança… Em O Véu Pintado, Somerset Maugham faz, através da história do acordar espiritual da adorável e fútil Kitty Fane, uma extraordinária caracterização da presença britânica na China e apresenta-nos, como é seu apanágio, uma admirável galeria de personagens.

5 comentários:

  1. Eu tb li e achei o mesmo que tu.. a história é interessante e tem pormenores bonitos mas falta alguma coisa. Por ter lido o livro e não me ter fascinado não vi o filme - depois diz o que achaste :)

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  2. O filme é muito bonito, em termos de imagem também. Se calhar é um desses casos em que preferes o filme... Às vezes acontece. :)

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  3. Vi o filme e gostei muito. Não sei se foi fielmente adaptado... Nem sequer vou ler para confimar esta fidelidade, pois não consigo passar do filme para a leitura, mas ainda bem, visto que o livro não te cativou assim tanto.

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  4. Já li este livro há algum tempo (2008, talvez?)
    Também fiquei com sentimentos contraditórios relativamente a esta história. Inicialmente a personagem principal, Kitty, irritava-me profundamente pelo seu carácter superficial e dilemas existenciais duvidosos. Mas tens razão quando dizes que observamos o crescimento interior desta personagem, e acho que esse é um dos pontos fortes da escrita de Somerset: a caracterização da natureza humana e construção de personagens extremamente humanas, que cometem erros, evoluem e mudam com a vida.

    Gostei bastante da escrita, e do desenvolvimento da história, mas também senti que faltava algo...
    Nunca vi o filme, mas acho que é capaz de evocar imagens muito bonitas, e acredito que os dois actores principais (Edward Norton e e Naomi Watts) façam jus às personagens.
    Não me admiraria que o filme se torne mais apelativo, devido a uma diferença essencial: no livro a história é narrada do ponto de vista de Kitty, e penso que isso limita em parte a experiência do leitor. No filme tal não deverá acontecer, o que pode trazer o tal pedacinho que falta.

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  5. Eu vi o filme há uns anos e só recentemente é que soube da existência do livro.

    Confesso que gostei imenso do filme, mesmo!
    Tenho um livro de Maugham para ler, se gostar, só capaz de experimentar este!

    Boas leituras,
    Estrela*

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