Quem já leu Jane Eyre e não gostou ponha o dedo no ar! Claro que, tendo sido publicado em 1847 (publicado primeiro com um pseudónimo masculino, Currer Bell, note-se!), tem de ser lido contextualizando a época e os costumes. Mas a crítica tão evidente e profunda ao papel da mulher na sociedade da época está, quase, em cada linha. Jane é uma personagem que serve esse fim, corajosa e destemida para a época. É a narradora desta obra, sendo o subtítulo “uma autobiografia” um alerta logo no início. Algumas vezes, utiliza a técnica em que o narrador interpela e fala diretamente com o leitor. Leitura que se faz num ápice pese embora as suas mais de 400 páginas! Agarra de imediato a atenção, não é lento e possui suspense q.b..
Jane começa por relatar a sua infância onde vive numa casa sem amor, ou melhor, com maus tratos, com a madrasta e suas duas meias irmãs e um irmão que exerce violência física sobre ela. O pai, falecido, deixou ordens em relação a Jane que a esposa nunca se preocupou em cumprir e… Assim começa uma história verdadeiramente entusiasmante! O facto que começar a relatar a obra desde a infância de Jane, demonstra que Charlotte sabe como agarrar o leitor. Ainda mais escrito na primeira pessoa!
Charlotte e suas irmãs tiveram uma vida tão atribulada que fiquei verdadeiramente interessada em ler uma biografia sua, talvez a escrita por Elizabeth Gaskell. Vou procurar. Morreu cedo, aos 38 anos, e as suas irmãs Anne (“Agnes Gray”) e Emily (“O Monte dos Vendavais”) já tinham ambas falecido.
Gostei muitíssimo. Devorei esta obra.
Terminado em 14 de Março de 2024
Estrelas: 6*
Sinopse
Jane Eyre, pobre e órfã, cresceu em casa da sua tia, onde a solidão e
a crueldade imperavam, e depois numa escola de caridade com um regime
severo. Esta infância fortaleceu, no entanto, o seu carácter
independente, que se revela crucial ao ocupar o lugar de preceptora em
Thornfield Hall. Mas, quando se apaixona por Mr. Ro- chester, o seu
patrão, um homem de grande ironia e algum cinismo, a descoberta de um
dos seus segredos força-a a uma opção. Deverá ficar com ele e viver com
as consequências, ou seguir as suas convicções, mesmo que para tal tenha
de abandonar o homem que ama?
Publicado em 1847, Jane Eyre chocou inúmeros leitores da Inglaterra
vito- riana com a apaixonada e intensa busca de uma mulher pela
igualdade e a liberdade.
Cris
Fiquei com muita vontade de o ler :) Boa semana.
ResponderEliminarUm livro que tenho mesmo de ler. Obrigada
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