Gosto de reencontrar Sebastian Bergman, bem como a Brigada de Homicidios sueca, conhecida como Riskmord. Gosto de seguir a linha de racíocionio de cada um das personagens condicionadas pelas suas fragilidades, em que paralelamente ao decorrer da investigação corre a vida dos investigadores. Gosto da estrutura narrativa em que cada capítulo dá protagnismo a uma das várias personagens e me deixa em suspense. E quando termina, fica sempre a faltar o próximo para continuar a acompanhar aquelas personagens complexas e bem desenvolvidas, particularmente Sebastian Bergman num novo papel de pai não assumido, que procura um modo de se tornar relevante na vida da filha.
Neste, Sebastian não me pareceu ter tanto protagonismo como nos anteriores. A sua personalidade, o seu passado e a sua participação como psicólogo criminal ficaram em segundo plano, para sobressair um crime com seis vitimas nove anos antes e o desaparecimento de dois afegãos no mesmo período, que parece relacionado sem se perceber como. As suas ligações com o sexo feminino que manipula e seduz não agradam mas a sua necessidade de afeto quase que o desculpabilizam, até desprezar Ellinor Bergkvist.
Em suma, continua a ser uma saga a seguir (mal posso esperar pelo próximo com o desfecho em que ficou), numa leitura assaz interessante e atual. As intrigas internacionais e a xenofobia com os muçulmanos que integram as sociedades ocidentais desde o 11 de setembro foi a mensagem subliminar neste livro que importa repensar.
Vera Sopa
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