Edição/reimpressão: 2011
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722345408
Coleção: Grandes Narrativas
Há livros que são como o amor à primeira vista, uma paixão intensa, avassaladora e muito rápida! Outros há, que se parecem com um amor daqueles que vai crescendo aos poucos, alimentado por pequenos-grandes acontecimentos e que são regados todos os dias para que floresça em beleza! Este livro enquadra-se nesta última classificação.
Comecei a lê-lo, não devido à sinopse, mas pelo seu autor. Adiga impressionou-me com o seu "Tigre branco", que classifiquei de "brutal". Em "O último homem na torre", a sua escrita não é menos forte e leva-nos, lentamente, por caminhos de Bombaim, fazendo-nos imaginar uma cidade super-povoada, de fortes contrastes, marcada pela falta de água e energia, suja até! Visualizamos os lugares como se lá estivéssemos, sentimo-nos invadir pelos sentimentos que fervilham neste livro!
As personagens são-nos apresentadas aos poucos: juntam-se para intimidar, coagir, assustar alguém que se mantém fiel a si próprio e aos seus princípios. A cobiça move muitos desses personagens e não há limite algum que os impeça de atingir o seu fim. A natureza humana é-nos mostrada tanto no seu melhor como no seu pior!
Um pouco morna no princípio, esta é uma obra que se vai saboreando e entranhando em nós, lentamente, e, quando acabamos a sua leitura e fechamos o livro, apetece-nos reflectir sobre os motivos que levam o ser humano a tomar decisões tendo como pano de fundo o dinheiro... e se essas decisões não têm consequências, então a sociedade e os seus valores precisam de ser repensados!
Há livros que são como o amor à primeira vista, uma paixão intensa, avassaladora e muito rápida! Outros há, que se parecem com um amor daqueles que vai crescendo aos poucos, alimentado por pequenos-grandes acontecimentos e que são regados todos os dias para que floresça em beleza! Este livro enquadra-se nesta última classificação.
Comecei a lê-lo, não devido à sinopse, mas pelo seu autor. Adiga impressionou-me com o seu "Tigre branco", que classifiquei de "brutal". Em "O último homem na torre", a sua escrita não é menos forte e leva-nos, lentamente, por caminhos de Bombaim, fazendo-nos imaginar uma cidade super-povoada, de fortes contrastes, marcada pela falta de água e energia, suja até! Visualizamos os lugares como se lá estivéssemos, sentimo-nos invadir pelos sentimentos que fervilham neste livro!
As personagens são-nos apresentadas aos poucos: juntam-se para intimidar, coagir, assustar alguém que se mantém fiel a si próprio e aos seus princípios. A cobiça move muitos desses personagens e não há limite algum que os impeça de atingir o seu fim. A natureza humana é-nos mostrada tanto no seu melhor como no seu pior!
Um pouco morna no princípio, esta é uma obra que se vai saboreando e entranhando em nós, lentamente, e, quando acabamos a sua leitura e fechamos o livro, apetece-nos reflectir sobre os motivos que levam o ser humano a tomar decisões tendo como pano de fundo o dinheiro... e se essas decisões não têm consequências, então a sociedade e os seus valores precisam de ser repensados!
Terminado em 22 de Junho de 2011
Estrelas: 4*
Sinopse
O Último Homem na Torre é o novo e muito aguardado romance de Aravind Adiga autor de O Tigre Branco, o celebrado Booker Prize de 2008. A acção passa-se em Mumbai (Bombaim), uma imensa metrópole onde coexistem mundos de pobreza e privação, uma gananciosa e empreendedora camada de novos-ricos e uma pequena burguesia orgulhosa das suas tradições e dos seus princípios morais… É o caso dos moradores das Torres A e B, propriedade da Cooperativa de Habitação Vishram, inaugurada em 1959. Apesar de todos os problemas que afligem os moradores, quando o empresário e construtor civil Dharmen Shah lhes oferece uma generosa indemnização para que deixem as suas casas a fim de ali construir um luxuoso complexo de apartamentos, a primeira reacção destes é de recusa. O contrato contém no entanto uma cláusula perversa, que pouco a pouco irá minar os laços de solidariedade entre os vizinhos e fazer subir o clima de tensão entre todos, colocando-os em situações limite. Nesta galeria de tipos humanos, que seduz pela sua diversidade e riqueza, reflecte-se a própria cidade, afinal a grande protagonista deste romance.
Concordo plenamente com o comentário.
ResponderEliminarTambém gostei bastante da obra, o tema do dinheiro corromper as relações humanas é universal. Quanto a mim O Tigre Branco esta um nível a cima.
Sim, Tiago concordo contigo. O Tigre Branco é uma leitura a não perder!
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