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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Soltas... Quando o papá voltar



"Embora ansiasse pela amizade de outros jovens, aterrava-a a ideia de alguém se aproximar de mais. As colegas podiam tolerar ou até gostar da rapariga que fingia ser, a que acabara de deixar a escola de secretariado e que falava com um sotaque da classe média. Mas se descobrissem o seu passado ostracizá-la-iam por completo."

"Porque não se regozijava com o facto de os pais já não desejarem que ela fizesse parte das suas vidas? Não se libertava assim deles? Mas Antoinette sempre fora demasiado controlada para aprender a ser independente. Um cão que foi espancado durante anos morre se for lançado na rua para se desenvencilhar sozinho."

"Desejara ter-se aberto mais com eles, mas ainda era vítima de um enorme bloqueio mental. Guardava memórias reprimidas que o terror a impedia de encarar e ideias e sentimentos demasiado terríveis para serem exprimidos. Era um tempo em que simplesmente não conseguia pronunciar as palavras necessárias para comunicar mesmo as ideias mais simples, quanto mais o trauma do seu passado."

"Ruth (mãe) transformara a inocência em culpa e a vítima em pecadora e obrigara a Antoinette a aceitar que era assim. Fizera de Antoinette sua cúmplice ao reescrever a verdade."

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