Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 276
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722345576
Coleção: Grandes Narrativas
Este livro encheu-me as medidas, como se costuma dizer!
Completo, intenso, tão cheio de pormenores reais e fictícios, misturados magistralmente, que me fez chegar ao final desta leitura com a certeza de ter acabado de ler um dos melhores livros que li este ano.
Ajudou-me a compreender melhor o drama do povo palestiniano, os ódios ancestrais entre judeus e árabes, as lutas destes povos pela terra, pelo seu espaço. Paralelamente, e misturando o verídico com o imaginário, vamo-nos cercando da vida de Miral, das suas lutas e dos seus sonhos, das suas dúvidas e certezas, enfim, do seu crescimento enquanto menina/mulher palestiniana numa terra onde a guerra paira no ar e a paz é um sonho e uma vontade de muitos, ainda não concretizada. É neste clima instável que Miral aprende a crescer, a amar e a lutar por aquilo que acredita, vencendo obstáculos e superando a morte de parentes e amigos, tendo Jerusalém como palco deste cenário. Aprende, também, a imensa importância da educação no desenvolvimento de um povo.
Escrito de uma forma simples, que nos agarra completamente, esquecemos quem somos e penetramos não só na vida desta menina, mas também, na vida e sofrimento de muitas mulheres, dos seus dramas e das suas violações/agressões, que as impedem de serem seres humanos no seu esplendor.
De leitura obrigatória!
Terminado em 10 de Julho de 2011
Estrelas: 5*+
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Sinopse
Pouco antes da fundação do Estado de Israel, em 1948, Hind Husseini, uma jovem palestiniana, encontra um grupo de cerca de cinquenta crianças abandonadas. Responsabiliza-se por elas e funda um orfanato para crianças palestinianas, Dar El-Tifel. Miral, a protagonista desta obra, foi uma das muitas crianças que ao longo dos anos receberam a protecção e o afecto de Hind e da sua instituição. Aos dezassete anos, confrontada com a realidade angustiante do seu povo, entrega-se à causa política e tem de escolher entre pegar em armas para lutar pelo futuro da Palestina ou, como Hind, dedicar-se à educação como único caminho possível para a paz.
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