Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 360
Editor: Quinta Essência
ISBN: 9789898228512
Há livros que se nos abrem logo desde as primeiras páginas. E ficamos presos, absorvidos de tal forma que não damos pelo tempo nem pelo passar das páginas. Foi o que me aconteceu com este romance!
Dei 5 estrelas porque é o máximo que dou (só dou 6* quando há por detrás da história um cariz histórico), mas, a bem da verdade, este livro mereceria muito mais: pela forma como dei por mim a sorrir, pela forma como me fez reflectir e me vieram as lágrimas aos olhos. Também pelo sentimento de júbilo quando me apercebi que perante um desfecho (que intuitivamente esperamos que aconteça) que poderia significar o final do livro, verifiquei que ainda me faltavam muitas páginas para o fim. "Que bom!", pensei.
Fala-nos da perda de alguém que se ama, que se amou toda a vida; de como, aos poucos, se começa a reagir; do pânico que se sente quando se descobre que já não se "vê" e se "ouve" essa pessoa; de como se começa a viver de novo... Mas, fala-nos, de igual modo das amizades que se fazem e se mantêm desde a adolescência; de conflitos entre os casais; de conflitos interiores entre o que somos e o queremos ser, entre o que acreditamos ser melhor para nós e do que realmente é o melhor; de como a vida nos prega partidas e de como devemos superá-las...
Contado a uma voz, este livro possui várias personagens que, pela sua individualidade e força, nos prendem tanto quanto a personagem principal. Poderiam ser reais! - este é um elogio que, parece-me, qualquer autor gostaria de receber. A escrita de Anna McPartlin é intensa, crua e cheia de humor, falando-nos de situações que nos comovem e de outras que nos fazem sorrir. É com lágrimas e sorrisos misturados que me despedi deste livro, que considero um dos melhores que li este ano!
Terminado em 24 de Julho de 2011
Estrelas: 5*+
Sinopse
Emma tem vinte e seis anos - bonita, inteligente, feliz e vive com o namorado de infância, John, num agradável apartamento em Dublin. O seu maior problema é a mãe não parar de insistir para que se casem já. Emma e John sentem-se o casal perfeito, com um futuro cheio de possibilidades. Mas, de repente, John morre num terrível acidente, e Emma mergulha no desespero. Amava-o mais do que à própria vida - e agora a morte tirou-lho.
À medida que emerge da dor, Emma tem de encontrar uma nova forma de viver, e os amigos leais unem-se para tentar ajudar. Clodagh, amiga de sempre de Emma, com quem ela partilhou tudo, desde bolos de lama a namoros desastrosos. Anne e Richard, mais ou menos bem casados e a debaterem uma mudança para o campo. O irmão de Emma, Noel, o jovem padre católico que vê a sua própria fé testada enquanto tenta confortar Emma. Seán, o belo mau rapaz das mil e uma namoradas, desconfortavelmente ciente da sua crescente ligação a Emma.
De forma espirituosa, mordaz e, às vezes simplesmente chocante, Emma documenta as histórias dos amigos e a sua própria recuperação da dor com uma franqueza que envolve o leitor desde a primeira página.
Excelente crítica sobre um livro que parece excelente!
ResponderEliminarAdorei este livro! Também considerei-o um dos melhores livros que li este ano. Comovente e real.
ResponderEliminarPS: parabéns pela crítica, gostei bastante :D
Realmente este livro superou as minhas expectativas, tanto mais que o título e a capa dão ideia de outro tipo de leitura!
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