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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

"Erva" de Keum Suk Gendry-Kim (GN)


É preciso comer um bife para conseguir pegar nesta novela gráfica, digo-vos já! São quase 500 páginas e quase que parece um tijolo de tão “grossa”! Se gostei? Sim, claro. Sabia  ao que ia pelo menos no que concerne às ilustrações porque desta autora já tinha lido "A Espera" e tinha gostado muito. Opinião aqui.

O tipo de traço é idêntico, como que feito por um pincel, e também é a preto e branco. A autora nasceu na Coreia do Sul e esta GN foi a que lhe deu mais projecção internacional.

Conta-nos a história de Ok-Sun, uma criança sul coreana, que viu os seus sonhos, a sua vontade de aprender e ir à escola e a sua vida no geral sacrificados porque, pertencendo a uma classe social extremamente pobre, se viu “vendida” pelos seus pais, durante a segunda Guerra Mundial. Posteriormente foi explorada como “mulher de conforto” pelos militares japoneses. A autora retrata através de Ok-Sun a vida de muitas mulheres aquando da ocupação japonesa, as humilhações e dificuldades por que passaram.

História verídica impressionante mas de uma resiliência e superação imensas. Gostei muito e recomendo!

Terminado em 15 de Agosto de 2024

Estrelas: 5*

Sinopse

Uma história real que ilustra como a atrocidade da guerra devastou a vida de inúmeras mulheres. Erva é uma poderosa novela gráfica que conta a história verídica de Ok-Sun Lee, uma criança sul-coreana que, durante a Segunda Guerra Mundial, foi vendida pela família e explorada como «mulher de conforto», o eufemismo utilizado pelos militares japoneses para se referirem às suas escravas sexuais. Até hoje, este continua a ser um dos capítulos mais negros e chocantes da História. Ok-Sun Lee sobreviveu a décadas de desespero e, no fim da sua longa vida, tornou-se ativista pelos direitos das mulheres, dando a conhecer as suas dolorosas memórias. Com base nos seus relatos, Keum Suk Gendry-Kim ilustra o período que antecedeu a guerra a partir da perspetiva vulnerável de uma criança forçada a enfrentar as mais cruéis adversidades, valendo-se apenas da sua força e determinação para sobreviver. Com recurso a pinceladas a negro tão delicadas quanto duras, a autora descreve em pormenor a forma desumana como muitas raparigas de famílias humildes viveram a ocupação japonesa e a vida de sofrimento generalizado que herdaram. 

Cris

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