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segunda-feira, 4 de julho de 2016

"Entre Céu e Terra" de Paula McLain

Os livros escondem verdadeiras surpresas. O melhor dos livros é que cada pode conter algo de especial para um leitor e, para outro, não constituir nenhuma surpresa! Esta diversidade é que faz da leitura e dos livros o seu verdadeiro tesouro.

Este livro em especial constituiu um verdadeiro prazer, saboreado devagar. Muito bom mesmo! Não sei se é por ter África no coração e na pele por mais de dez anos mas os meus olhos inundaram-se de aromas quentes, de paladares exóticos e de paisagens com as cores daquele continente.

E esta viagem levou-me para o Quénia colonial do início dos anos 20. Beryl Markham, que julguei erradamente ser fruto da imaginação da autora, cresceu no Quénia. Desde muito cedo aprendeu a amar a terra, as gentes e, sobretudo, os cavalos, já que seu pai possuia vários com os quais concorria em corridas. Aprendeu, principalmente, a transpor ela própria os obstáculos que lhe surgiram na vida. O primeiro foi o abandono de sua mãe quando tinha ainda poucos anos.

Destemida, logo deitou por terra convenções e costumes, sempre na tentativa de se encontrar, de encontrar um caminho que a fizesse sentir bem consigo mesma. Creio que a autora conseguiu ficcionar muito bem a vida de uma das primeiras mulheres naquele tempo a optar por profissões ditas masculinas: treinadora de cavalos de corrida e, mais tarde, pioneira da aviação inglesa.

Uma vida cheia de encontros, por vezes falhados, e abandonos mas também plena de vivências intensas e vividas com muita garra e amor. Adorei conhecer Beryl e fui googlar logo após ter terminado a última página para confrontar dados.

Um livro cheio de cor que é um retrato vivo de uma África quente, misteriosa e em constante mudança. Recomendo vivamente a sua leitura!

Terminado em 30 de Junho de 2016

Estrelas: 5*

Sinopse

Paula McLain, autora do bestseller Madame Hemingway, regressa com o seu muito aguardado novo romance, levando os leitores para o Quénia colonial dos anos 20.
Ainda adolescente, Beryl Markham acompanhou os pais quando se mudaram de Inglaterra para o Quénia em busca de uma vida melhor. Para a mãe, este sonho depressa se tornou amargo, e preferiu regressar a casa. Beryl foi educada pelo pai, entre a indulgência e o autoritarismo. Com dezasseis anos, já tinha sido forçada a um casamento desastroso, mas foi justamente a fuga a essa realidade que a fez tomar as rédeas da sua própria vida.
Escandalizando a sociedade com o seu comportamento errático, deixou o marido e tornou-se a primeira mulher a ter a licença de treinadora de cavalos de corrida. Sucumbindo ao hedonismo do grupo de Happy Valley, Beryl viu-se rapidamente envolvida num complexo triângulo amoroso com a escritora Karen Blixen e o famoso caçador Denys Finch Hatton (imortalizados no livro de memórias África Minha). Foi este romance infeliz que desencadeou a tragédia, despertando simultaneamente Beryl para o seu verdadeiro destino: voar.

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