Albert Camus conta-nos esta história de uma forma realista que põe a nu a natureza humana perante uma adversidade comum a todos.
Ali, numa perfeitura francesa na costa argelina, uma doença surge propagada pelos ratos, transformando-se numa epidemia terrível e mortífera: a peste.
Primeiro poucos doentes e a sensação de que só acontece aos outros, a negação... mais pessoas doentes e a preocupação geral, o aumento enorme dos casos, e por fim muitos mortos.
Impôs-se a cerca sanitária, a impossibilidade de sair ou entrar na cidade, a inevitável separação entre famíliares, amigos, amantes a crescente revolta e os esquemas para contornar a lei.
As pessoas fecham-se, também elas sobre si próprias no seu egoísmo olhando com desconfiança os vizinhos e os concidadãos.
Mas há também os que no seu altruísmo preserveram na luta para encontrar a cura, tratar os doentes e enterrar os mortos. Os melhores dos melhores, os que fazem a diferença, que se expõem ao perigo pelo bem comum, à custa da sua própria saúde.
Surgem mutações da doença que se expande através de novas variantes que atacam uma e outra vez a já fragilizada comunidade assolada pelo medo e desespero.
Tantas semelhanças com o que vivemos e sentimos nestes anos terríveis de 2020/21, a natureza humana sempre tão previsível, capaz do melhor e do pior!
Para mim foi uma leitura muito proveitosa de que gostei e que recomendo.
Marília Gonçalves
Um livro, que, imagino estar a parecer-se com a vida real, atualmente! :)
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Abro a janela e deixo a brisa entrar
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Beijo e um excelente dia :)
Gostava de ler.
ResponderEliminarOlá Cris
ResponderEliminarConcordo em absoluto com a opinião da Marília.
Recomendo vivamente a leitura deste e dos restantes livros de Camus, o meu autor preferido.
Beijinhos
Teresa
É desta que lhe pego. Tenho ideia de o ter lido mas já não me recordo de nada... beijinho
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