Andava há muito para ler esta obra e espero não demorar tanto a ler a sua continuação pois, temo, será fácil esquecer-me de pequenos detalhes que podem fazer a diferença numa leitura.
No princípio não me cativou como esperava, sobretudo porque não conheço ninguém que o tenha lido e que não tenha gostado muito. Pensei por isso que entraria na história num ápice! Não foi assim e custou-me dar conta de tantas personagens e suas histórias pessoais que gravitam em torno de Olive e marido. Tampouco fixei seus nomes...
Da história de Olive, sim, gostei muito e fiquei muito curiosa em saber mais sobre ela. Apreciei, sobretudo, a forma como esta personagem foi construída e o seu carácter, das suas falhas enquanto ser humano, do seu crescimento, da maturidade crescente que lhe advém com a idade. Com muitas camadas, não é fácil sentir empatia com esta personagem de grande porte fisico e muito ríspida, para com os que a rodeiam, inclusive o seu marido que é um doce de pessoa. E, no entanto, é precisamente isso - essa complexidade - que é de particular interesse para o leitor.
Quero ler o quanto antes a "A Segunda Vida de Olive Kitteridge" e ver a mini série da qual já ouvi falar bem!
Terminado em 26 de Agosto de 2024
Estrelas: 5*
Sinopse
A obra mais importante e comovente de Elizabeth Strout, autora premiada de O meu nome é Lucy Barton e Tudo é possível. Em Crosby, uma pacata povoação costeira no Maine, todos conhecem Olive Kitteridge, a temível professora de Matemática do liceu, agora reformada, e Henry, o seu marido, farmacêutico gentil.
Lamentando os ventos de mudança que varrem a sua vila e o mundo, sempre pronta a apontar um dedo crítico, Olive nem sempre dedica aos que a rodeiam a sensibilidade ou tolerância que mereceriam.
Mas à medida que todas estas vidas se vão entrelaçando, Olive começa a conhecer-se melhor e a compaixão pelos outros e por si própria ganha terreno ao preconceito."
Cris