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domingo, 25 de novembro de 2012
Ao Domingo com... Paula Ruivo
Paula Ruivo: Uma Criança de 35 anos, brincalhona, divertida e sonhadora o normal e próprio para a idade.
Vou continuar a ser uma Criança para poder sentir o vento no rosto e acreditar que são miminhos vindos do céu. Rir quando me apetece, dançar no jardim se for isso que me traz alegria. Vou ter amigos à minha volta pois o meu sentir de criança me diz que isso é possível. Vou amar e sentir com o coração.
Vou continuar a perguntar tudo que não sei, pois será a única forma de continuar a aprender.
Vou continuar a ser criativa e a expor as minhas ideias mesmo quando alguém não concorde com elas, pois só desta forma é que somos todos diferentes e únicos.
Vou olhar as nuvens e descobrir quais as formas que têm todos os dias e vou continuar a cumprimentar as árvores e flores à minha volta, para poder transmitir ao meu filho que é possível ser adulto sem deixar de ser Criança.
Porque escrevi um livro?
Este livro nasceu da vontade imensa de pôr no papel tantos e tantos pensamentos e ideias que me vinham surgindo, mas que por um motivo ou por outro nunca era a altura certa de os escrever. Estava a passar uma fase menos positiva da minha vida e, numa conversa com o meu filho, ele diz-me para eu lhe falar do que se passava no meu coração… No coração de uma criança vão muitos sonhos e vive-se numa realidade onde tudo pode acontecer, foi sobre isso que lhe falei. Naquele momento percebi que tinha tantas coisas boas no meu coração mesmo não estando a passar uma melhor fase. No dia seguinte comecei a escrever aquilo que é hoje o livro “ A ervilha que queria ir à escola “. A fase menos positiva que referi atrás, hoje olho-a de maneira diferente e percebo que aquilo a que hoje chamamos menos bom, amanhã provavelmente chamaremos ótimo.
E porquê sobre uma ervilha?
Levar uma criança para o mundo da fantasia e da imaginação é fácil, é simplesmente deixá-la ser criança. Mas a minha intenção não era só levar as crianças mas sim todos aqueles que lessem a história, pais, avós, tios, irmãos etc. a entrar na fantasia e criar um diálogo entre quem conta a história e quem ouve. Então criei esta ervilhinha que é divertida, refilona, teimosa e cujo maior desejo é poder ir à escola.
É um conto que nos transporta para uma quinta onde os legumes falam e têm vontade própria. Enquanto escrevia deixei de estar no computador e passei a escrever este conto mágico na própria quinta, encarnando cada uma destas divertidas personagens. Vivi-o, senti-o e escrevi-o.
Quando me perguntam:
- A história da Ervilha é para que idade?
Tenho sempre dificuldade em responder.
Será que existe mesmo uma idade certa para se ler um conto infantil?
Paula Ruivo
Acabei de beber as palavras escritas. Cada trago tinha um sabor a doce, como a ervilhinha que um dia a Paula semeou e viu crescer. Conheci-te naquele dia especial, tão especial que dele só temos imensas e boas recordações. Naquele dia só te imaginava amiga e com um filho a crescer, não poderia saber que dentro de ti havia a crescer, também, uma ervilhinha. Vai fazendo com que ela se reproduza. Sabes que dessa matéria eu sou especialista! Ela vai ser mãe, e avó e até bisavó. Não pares!
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