Finalista do Prémio Orange 2011
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 800
Editor: Livraria Civilização Editora
ISBN: 9789722633369
Como começar este comentário? Sabem quando um livro nos enche as medidas e ficamos como que atordoados com tanta informação e riqueza? Esperava gostar bastante desta obra mas, efectivamente, superou em tudo as minhas expectativas.
1937/1945. Segunda Guerra Mundial. Antes e depois. Paris, Budapeste. Foi neste cenário que mergulhei, maravilhada pelo discurso escrito desta escritora que desconhecia, e horrorizada pelos crimes de que já tinha conhecimento mas que "senti" como se fosse a primeira vez. Assistimos ao começo das hostilidades contra o povo judeu, neste caso judeus húngaros.
O romance, o amor e a amizade estão presentes, muito presentes, em todas as suas páginas. Mas é algo de tão intenso e real que não se torna nada piegas, mas sim, verdadeiro. Como a solidariedade nas alturas de maior dor consegue imperar...
Outros dos aspectos que me fez dar as estrelas máximas (acho que o ano passado só dei um seis!) foi o facto de, ao mesmo tempo que nos embrenhamos na escrita sublime de Julie Orringer, nos apercebermos de que informação verdadeira vai-nos sendo fornecida sobre esse período negro da História Mundial. E aprendemos com isso. Não nos podemos esquecer de todos os judeus que, nascidos no lado errado da guerra (em países aliados da Alemanha nazi, como foi o caso da Hungria), sofreram também uma forte perseguição.
A história de uma família, contada em jeito de romance por um dos seus membros. A ler, sem sombra de dúvida! Para mim foram 800 páginas de puro deleite e, quando pensamos que a história está perto do seu final e que, por essa razão, se vai suavizar, somos atingidos com um murro no estômago. Um livro para quem gosta de um tema como a Segunda Guerra Mundial e saber mais sobre ela. Fantástico!
Terminado em 13 de Janeiro de 2012
Estrelas: 6*
Sinopse
Paris, 1937. Andras Lévi, estudante de arquitetura, chega de Budapeste com uma bolsa de estudo, uma única mala e uma carta misteriosa que prometeu entregar a Claire Morgenstern, uma jovem viúva que vive na cidade. Quando Andras conhece Claire, fica preso na sua vida secreta e extraordinária. Ao mesmo tempo, a tragédia começa a assolar a Europa, colocando-os num estado de terrível incerteza. De uma remota aldeia húngara às óperas grandiosas de Budapeste e Paris, do desespero do inverno nos Cárpatos a uma vida inimaginável em campos de trabalhos forçados, A Ponte Invisível narra a história de um casamento que sobrevive ao desastre e de uma família ameaçada de aniquilação e unida pelo amor e pela história.
Já estive várias vezes com este livro na mão, hesitante em comprá-lo. Parece-me que é capaz de ser agora, para quando acabar de ler a Kate Morton.
ResponderEliminarCarla, a sinopse atraiu-me mas o seu interior conquistou-me verdadeiramente. Bj
ResponderEliminarJá me tinham aconselhado este livro mas depois de ler a tua opinião nem hesito em coloca-lo já na lista de aquisições.
ResponderEliminarMacy, que as páginas não te assustem... Vale mesmo a pena!
ResponderEliminarFiquei muito muito curiosa gosto imenso do tema da Segunda Guerra Mundial, fica já anotado.
ResponderEliminarFabulosa obra...ainda estou a ressacar
ResponderEliminarFabuloso é a palavra correcta, Paulo!
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