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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

"O Rapaz de Auschwitz" de Steve Ross

Este foi, sem dúvida alguma, um dos mais duros livros que li do Holocausto, escrito por um sobrevivente, o autor Steve Ross. O seu primeiro nome não foi esse. Chamaram-lhe Szmulek ao nascer e era o filho mais novo de uma família judia. Tinha oito anos quando a guerra e a perseguição aos judeus acabou com a sua vida feliz e com a sua infância.

O relato do que lhe aconteceu nessa época é intercalado com a sua vida em Boston, já homem feito com uma família criada, onde tenta influenciar os jovens a não desistirem dos estudos e a romperem com as barreiras socio-económicas existentes que definem as classes e que mantêm os indivíduos presos a realidades de que não gostam. A sua ajuda, sobretudo psicológica, mas também ao nível prático, fizeram dele uma pessoa respeitada e amada por muitos jovens a quem ajudou.

O seu relato descrevendo a sua vida desde os 8 anos é tremendamente angustiante. É muito visual e o leitor vai, de certeza, ficar impressionado por muito que já tenha lido sobre a II Guerra.  É simplesmente brutal. Ao mesmo tempo, esta leitura intercalada com um período mais recente, já na sua fase adulta, ajuda o leitor a respirar entre capítulos e a interrogar-se de como pôde um sobrevivente não ter dado lugar a alguém cheio de ódio e de mágoa mas a alguém que sempre desejou um mundo melhor para os jovens desfavorecidos.

Um livro de leitura obrigatória que machuca, dói, mas é ao mesmo tempo uma lição de vida e de esperança na raça humana. Adorei!

Terminado em 31 de Janeiro de 2020

Estrelas: 6*

Sinopse
Um testemunho da capacidade de superação do ser humano.

Esfomeado, espancado e molestado assim foi a vida de Steve Ross nos anos que passou nos campos de morte de Hitler. Ross nunca perdeu a esperança, mesmo quando foi deixado inconsciente numa pilha de corpos para incinerar.


Sobreviveu a 10 campos de concentração e esta obra é o seu testemunho de dor e de crueldade, mas também uma demonstração da resiliência e da capacidade de superação do ser humano.

Cris

4 comentários:

  1. Gostaria muito de ler este relato. Os livros sobre a Segunda Guerra Mundial nunca são de mais e todos eles nos tocam de uma determinada maneira.

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